A entrevistada de hoje da coluna Damas da Bola é a atacante que defende a João Emílio desde 2019,Tailane Steffler, 19 anos, nascida em Nova Candelária região Noroeste do Rio Grande do Sul. Apaixonada por futebol desde pequena, Tailane começou a dar os primeiros passos no futebol aos sete anos de idade apesar de ser muito franzina sempre se destacou pela habilidade e velocidade, não demorou muito para chamar a atenção das equipes de futsal da região e assim Tailane começou a jogar contra mulheres mais fortes e mais experientes que ela, isso nunca a intimidou pelo contrário servia de motivação para ela evoluir a cada torneio disputado. Em 2019, Tailane foi convidada para jogar o primeiro campeonato profissional de sua vida, o Campeonato Gaúcho pela João Emílio da cidade de Candiota, ela ficou surpresa e muito feliz, mesmo com muita dificuldade para se deslocar para os jogos Tailane conseguiu mostrar seu talento nos jogos contra Internacional, Grêmio e Oriente, sempre levando perigo as equipes adversárias quando a bola chegava no seu pé, isso fez com que a Comissão Técnica da João Emilio criasse uma expectativa muito grande para que em 2020 ela pudesse ajudar ainda mais o time, porém com a pandemia e as incertezas sobre os campeonatos femininos Tailane não sabe se vai poder fazer o que mais gosta em 2020 e seguir sonhando em jogar profissionalmente, ela segue fazendo os trabalhos físicos diariamente para poder manter a forma física aguardando por alguma notícia da volta das competições femininas, abaixo vocês vão poder conferir um pouco de sua trajetória.
Com que idade você começou a jogar futebol e onde foi?
Comecei com sete anos em uma escolinha de categoria de base que tinha na minha cidade.
Era somente meninas na escolinha?
Não, a maioria era meninos e a gente sempre jogava todo mundo junto, não tinha essa separação por gênero.
E isso te ajudou na tua formação?
Ajudou muito.
Depois da escolinha você foi jogar em algum time?
Sim, enquanto eu ainda estava na escolinha, alguns times do município na categoria livre me convidaram para jogar, apesar de aparentar ser muito “novinha e fraquinha” aceitei o desafio.
E você desde novinha teve facilidade para driblar?
Sempre tive facilidade para driblar.
Qual a sensação de jogar contra o Internacional?
Sensação de estar em outro mundo, competindo com um time de um nível muito grande, trouxe a sensação de um sonho realizado, orgulho e de uma experiência adquirida.
Quais jogadoras você é fã?
Marta obviamente, Morgan e Alisha Lehmann.
Qual foi teu principal incentivador para jogar futebol?
Acredito que não tive um principal incentivador, foi de vontade própria que sempre fui me envolvendo mais com o futebol.
Quando você recebeu o convite para jogar o Campeonato Gaúcho pela João Emílio qual foi tua reação?
Reação de surpresa, pois se tratava de uma competição de referência no estado na modalidade principal, pois sempre tive em mente que começaria pela base em algum momento da minha carreira.
O jogo contra o Grêmio apesar do resultado a João Emílio segurou elas por 25 minutos e você era a nossa válvula de escape. Fala um pouco desse jogo?
Foi um jogo difícil como os demais. Nosso time praticamente marcou só meio campo e a partir dessa marcação recuada tive algumas oportunidades de partir para o contra ataque individualmente, pois sempre pensei em levar o jogo pra frente. Joguei recuada mais na marcação, uma das minhas posições não muito forte, porém acredito que consegui dar o meu melhor, tanto que conseguimos segurar elas até os 25 minutos do primeiro tempo.
Como manter a forma durante a pandemia?
Minha rotina mudou esse ano, pois iniciei o ensino superior, mas sempre procuro correr aos finais de tarde depois do meu horário de trabalho, e nos finais de semana quando possível faço treinos com bola e treinamento funcional.
Conta um pouco de dificuldade sua em jogar o Gauchão. Quantas horas de viagens?
A nossa dificuldade foi sempre em se deslocar para os jogos, pela disponibilidade dos nossos pais poderem levar. Em questão de horários a gente levava em torno de oito horas no máximo com várias paradas no caminho.
Você faz qual faculdade?
Exatamente. Faço Design Gráfico e Produto em Ijui-RS pela Universidade UNIJUI.
Tailane o que você acha que poderia ser feito no interior do estado para revelar mais talentos para o futebol feminino?
Acredito que mais incentivo na realização de competições com clubes grandes e também formação de novos clubes da base a categoria adulta. Mas sabemos que o principal é o incentivo e o apoio local.
Na tua cidade tem alguma menina surgindo que pode se tornar profissional?
Tem sim, várias, poderia citar, Gabriela, Giovana e Franciele. São novas, mas se lutarem vão muito longe.
Quais os sonhos da Tailane?
Seguir carreira no futebol profissional feminino, ser independente, ser bem sucedida e me formar nas graduações que sempre sonhei.
Ficha Técnica
Nome: Tailane Steffler
Idade: 19 anos
Peso: 56 kg
Altura: 1,58
Posição: Atacante
Por: Cléo Moura
Redação GJ