Os mineiros de Candiota, em estado de greve desde terça-feira, não descartam deflagrar uma greve. A decisão é decorrente da forma como a Companhia Riograndense de Mineração (CRM) tem conduzido as negociações com a categoria e as incertezas ao futuro da mineradora.
Uma tática da direção da CRM é posterga o acordo coletivo para levar o limite a negociação e na negociação cortar conquistas da categoria.
De acordo com o tesoureiro do Sindicato dos Mineiros de Candiota, Hermelindo Ferreira o estado de greve já foi comunicado à empresa.
Já sobre o futuro da mineradora, que detém grande parte do carvão mineral do Rio Grande do Sul e é considerado por muitos como o Pré-Sal gaúcho, tem sido encarada como incertezas no mercado e sem expectativa de venda para este ano.
Hermelindo destacou que atualmente, 87% dos serviços de mineração da mina são terceirizados, “Apenas alguns maquinários são da empresa. O restante está sucateado. Tornando uma situação muito precária", denunciou, fazendo referência que todo quadro apresentado é uma manobra política em buscar tornar mais baixo o custo com os trabalhadores, para tornar mais baratas as demissões. É contra esse sucateamento da CRM e a forma como os trabalhadores estão sendo tratados que o sindicato estaria "brigando", como definiu o sindicalista.
Redação GJ