A afirmativa do presidente da Câmara dos deputados Arthur Lira (PP/AL), em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, que após receberem ministérios, as bancadas do Progressistas e do Republicanos na Casa farão parte do governo Lula.
“É claro que, quando um partido indica um ministro que era líder de um partido na Câmara (caso de André Fufuca), a tendência natural é que esse partido passe a ser base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados, como Republicanos, como os outros partidos”, afirmou Lira.
Falando pelo seu partido, o PP, Lira garantiu que a sigla agora faz parte da base, a revelia do líder da legenda, o ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, senador Ciro Nogueira.
“Estamos tratando de base de apoio (no Congresso). Não estamos tratando de outros tipos de projetos políticos, por enquanto”, explicou.
Lira, no entanto, fez questão de pontuar que isso não garante que todos os filiados irão votar sempre com o governo.
Posição do Hamm
O deputado federal Afonso Hamm, já manifestou publicamente uma posição de oposição ao governo eleito, ele (Hamm) sempre esteve ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, o deputado manteve sempre uma posição pragmática no Congresso e votar contra projetos governamentais corresponde a se distanciar dos líderes do seu partido e do governo, que por conseguinte, ao ficar periférico politicamente, vai diminuir as emendas parlamentares e também distanciar-se dos ministérios para defender reivindicações de municípios levadas por prefeitos e vereadores aliados.
Votos
Com a nova configuração, Lira calcula que agora o governo tem entre 340 e 350 votos na Câmara, o que é suficiente para aprovação de propostas de emenda à Constituição (PECs)