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Economia

AUMENTO DAS RESTRIÇÕES AO COMÉRCIO PROVOCOU QUEDA NA INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS GAÚCHAS

Recrudescimento da pandemia impactou negativamente no ICF de abril


Imagem captada web

A edição de abril da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias no RS (ICF-RS) revelou uma queda nas intenções de consumo das famílias gaúchas. Aos 58,2 pontos, com uma variação de -1,7%, esse resultado coincidiu com o período de aumento das restrições à circulação de bens e pessoas em função do agravamento no número de casos. Na comparação com o mesmo período de 2020, o nível do ICF é bastante deprimido (-36,2%). Segundo o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, ainda é cedo para afirmar se a queda configura um resultado pontual ou se inaugura uma interrupção permanente da recuperação da intenção de consumo das famílias. A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira, dia 26.  

Todos os indicadores do ICF se encontram bastante deprimidos em relação ao mesmo período do ano anterior. Entretanto, na comparação com o mês anterior, os indicadores relacionados ao mercado de trabalho apresentaram aumento. Aos 70,2 pontos, o indicador de Segurança no Emprego atual teve aumento de 4,2% na margem e o indicador de Nível Atual de Renda cresceu 2,6%, atingindo 84,0 pontos. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, porém, a queda é relevante: recuo de 36,1% no primeiro e de 13,6% no caso do segundo. Também apresentou aumento na comparação com o mês anterior o indicador de acesso à crédito, que cresceu 3,4%. Esse indicador (93,0 pontos) é o que apresenta atualmente o nível mais alto entre os indicadores avaliados, porém ainda no campo pessimista.  

Os indicadores de Nível de Consumo Atual (42,8 pontos) e de Momento para o Consumo de Bens Duráveis (40,2 pontos) tiveram recuo de 11,0% e 5,0%, respectivamente, na comparação com o mês anterior. Na comparação com abril de 2020, as quedas foram de 47,5% e 40,08% respectivamente.   

As expectativas refletiram mais intensamente o recente impacto do agravamento da pandemia e o aumento das incertezas com relação ao futuro. A perspectiva profissional registrou o nível de 39,4 pontos, o que representou um recuo de 7,9% ante o mês anterior, e uma queda acentuada de 61,9% em relação a abril do ano passado. Já a perspectiva de consumo é o indicador que registrou o menor nível dentre todos os componentes do ICF. Aos 38,0 pontos, houve queda de 9,5% na margem e 50,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Estes dois indicadores atingiram o pior nível da série histórica iniciada em janeiro de 2010.  

"Um consumidor sem dinheiro até consegue ir às compras, mas, diante da falta de confiança ele paralisa. Precisamos continuar avançando no processo de vacinação da população, pois somente isso pode restaurar minimamente a confiança da sociedade de maneira mais permanente", comentou Bohn.  

 

Luiz Carlos Bohn economia Fecomércio-RS pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias no RS (ICF-RS)

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