A pandemia do novo Coronavirus continua causando danos não somente a saúde das pessoas, mas também a saúde financeira de várias instituições, nos clubes de futebol não é diferente, pois com as competições todas paralisadas os clubes estão perdendo em torno de 70% de receitas.
A dupla Grenal está sentindo na pele. O Grêmio teve que negociar redução salarial com seus jogadores novamente, em um novo acordo entre clube e elenco, ficou decidido que 20% dos salários deixarão de ser pagos nos próximos três meses e esse valor será reposto após a volta da normalidade no futebol. Já no Internacional a situação é um pouco mais complicada, ao contrário do Grêmio, o colorado vem com problemas financeiros há alguns anos e tenta se recuperar dos danos causados pela gestão Vitório Píffero que levou o clube a série B em 2016. Mesmo com um acordo feito com os jogadores em reduzir os salários em 25% no início da pandemia, sem fluxo de caixa, o clube ainda não pagou aos jogadores os vencimentos do mês de maio. Os dirigentes colorados se comprometeram a quitar esta dívida até o final de semana utilizando uma linha de crédito com juro zero disponibilizado pela CBF para socorrer os clubes em dificuldade devido a pandemia.
Tanto o presidente Romildo Bolzan, quando Marcelo Medeiros já informaram que a situação dos dois clubes é complicada devido à diminuição de recursos desde a parada dos campeonatos e acreditam que se os jogos não voltarem os clubes irão sofrer serias consequências.
Enquanto isso, as indefinições sobre a volta do Gauchão seguem a previsão para volta da competição seria para o dia 19 de julho, o que está cada vez mais difícil devido ao avanço da doença para o interior do estado, bem como aumento no número de infectados e óbitos.
Porém, é preciso analisar bem, pois o que será mais perigoso? Um jogo de futebol seguindo todos os protocolos de segurança, sem torcida, com atletas e comissões técnicas testadas e isoladas 15 dias antes dos jogos, como sugeriu a FGF, ou uma empresa do ramo frigorífico com aglomeração nos setores, sem isolamento e se testes? Parece óbvio que a volta dos jogos com rígidos protocolos de segurança é possível. Não por acaso os surtos estão dentro de alguns frigoríficos e não nos clubes de futebol. O futebol parou, já os frigoríficos não pararam e acabaram disseminando a doença.
Por: Crizanto Alves Acosta
Redação GJ