Kent Walker, executivo do Google, participou de um encontro com autoridades brasileiras para discutir temas como a moderação de conteúdo online e a integridade das eleições de 2026.
Apesar das críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), Walker reconheceu que plataformas como o YouTube ainda enfrentam desafios na filtragem de material problemático. Ele destacou que o Google aprimorou seus sistemas, mas continua lidando com milhares de casos diariamente.
Atualmente, segundo o Google, uma em cada mil visualizações no YouTube viola as políticas internas da plataforma. Walker ressaltou que esse número já foi dez vezes maior, indicando uma evolução nos esforços de moderação.
O Google defende que a atuação do Judiciário é uma ferramenta legítima para a mediação de conflitos envolvendo discurso online. A empresa argumenta que a responsabilização das plataformas por discursos de terceiros levanta debates sobre os limites da moderação e quem deve definir essas fronteiras.
"Abolir regras que separam a responsabilidade civil das plataformas e dos usuários não contribuirá para o fim da circulação de conteúdos indesejados na internet." afirmou o Google ao g1.
Durante o encontro, Walker também abordou os preparativos para as eleições de 2026. Ele garantiu que o Google manterá equipes dedicadas à integridade do pleito, repetindo a estratégia utilizada em disputas anteriores em todo o mundo.
O Google defende que o Marco Civil da Internet continue sendo a base para equilibrar tecnologia, regras claras e mediação judicial como último recurso. A empresa ressalta a importância de combinar esses elementos para garantir um ambiente online saudável e democrático.
Este debate sobre a moderação de conteúdo e a responsabilidade das plataformas digitais é crucial, especialmente em um contexto onde a polarização política e a disseminação de notícias falsas representam desafios constantes. A postura do Google, ao defender a mediação judicial e a manutenção de regras claras, reflete uma preocupação em equilibrar a liberdade de expressão com a necessidade de combater abusos e desinformação.
É importante notar que este posicionamento ocorre em um momento de crescente escrutínio sobre o poder e a influência das grandes empresas de tecnologia, tanto no Brasil quanto no mundo. As eleições de 2026 serão um teste importante para a capacidade dessas plataformas de garantir a integridade do processo democrático e combater a disseminação de informações falsas e tendenciosas.
O acompanhamento contínuo dessas discussões e a busca por soluções equilibradas são fundamentais para garantir um ambiente online saudável e democrático, onde a liberdade de expressão seja preservada, mas os abusos e a desinformação sejam combatidos de forma eficaz. A colaboração entre empresas de tecnologia, autoridades e a sociedade civil é essencial para enfrentar esses desafios complexos e garantir a integridade do processo democrático.
*Reportagem produzida com auxílio de IA