Dando continuidade ao artigo anterior – Lula Lá, caros leitores e internautas. Focarei no modo de gestão do país - característico de cada um.
Lula teve erros crassos em seu governo, são eles: aliar-se ao PP, PL e PTB – sim, PTB de Roberto Jeferson e de Divaldo Lara. Na época, os únicos partidos a se manterem na oposição foram PSDB e DEM – antigo PFL (Partido da Frente Liberal).
PP e PTB orquestraram a corrupção no governo petista, tanto que os dados da Procuradoria Geral da República – PGR indicam as duas siglas como as mais corruptas e as que mais estão envolvidas em escândalos de desvio de dinheiro público, denúncias de corrupção e as que mais possuem integrantes afastados dos respectivos cargos públicos.
Sim, Lula foi preso, mas Roberto Jefferson também. Muita gente que condena Lula, endeusa Jefferson – não seria dois pesos e duas medidas? Será que Lula corrompeu a integridade e ingenuidade cristã e de cidadão de bem do líder nacional do PTB? Lula roubou? Não sei. O que sei é que ele, certamente, sabia do que ocorria ao lado de seu gabinete; certamente, sabia o que seus aliados faziam. Lula não é ingênuo e, ao se aliar ao PP de Maluf e a Maluf, sabia o que poderia e, certamente, aconteceria.
Todavia, é inegável que Lula foi e é um estadista, tanto que, agora, mesmo sem ser líder nacional, está entrando em contato com o G20 e com lideranças internacionais para articular uma política mundial de combate a pandemia; fato que o nosso presidente, Jair Bolsonaro, já deveria ter feito desde Março de 2020.
Não podemos negar, embora todas as críticas a Lula e ao PT, que ele fez um brilhante trabalho e governo - talvez isso tenha fomentado golpe; talvez este governo em prol do trabalhador, do pobre, do negro, do LGBTQI+ e do filho da empregada tenha revoltado a classe média e a dita elite branca.
Luis Inácio Lula da Silva criou dezenas de universidades federais, institutos técnicos federais – os Ifs; Lula manteve a moeda corrente, ou seja, manteve a moeda que, em tese, estabilizou a economia do país. Reformulou e robusteceu o programa Bolsa Família - programa que gerava renda aos pobres e que lhes proporcionou ascender de classe, ter dignidade, sonhar com um futuro melhor, fazer cursos para se qualificar e adentrar no mercado de trabalho. No governo Lula, houve a epidemia de H1N1 onde o presidente vacinou mais de 80% da população em três meses.
Lula gerou emprego, colocou o Brasil como a quinta economia mundial, fortaleceu o serviço público - para que este pudesse dar retorno efetivo à população. Criou as UPAS – Unidades de Pronto Atendimento e os SAMUs. No seu governo, o filho do peão tornou-se doutor, o filho da doméstica tornou-se engenheiro, o filho do capataz tornou-se professor; a comunidade LGBTQI+ teve, embora, incipiente, voz. No governo petista, o negro teve voz e oportunidade; pode ascender socialmente e ter espaço no setor público – através de políticas de cotas; o negro pôde fazer universidade e se tornar médico, advogado, filósofo, dentista, jornalista, agrônomo, farmacêutico e etc. A indústria e infraestrutura estavam em plena expansão, nossos portos estavam gerando empregos em seus estaleiros e as cidades interioranas começaram a crescer, pois empregados deixaram os empregos para serem empreendedores, ou seja, montarem padarias, restaurantes, hotéis, pousadas, lojas, e etc. A imprensa tinha, em tese, liberdade para criticar ferrenhamente.
Caros internautas e leitores, poderia passar a tarde escrevendo sobre os feitos, inegáveis, do governo Lula e petista, porém a arte de escrever é a de saber parar e de cortar palavras. Já tenho mais de 3 mil carácteres e, segundo um conselho que recebi, de um advogado e articulista que admiro, mesmo discordando de suas posições, o artigo deve ter, no máximo, 2 mil carácteres. Portanto, comprometo-me de no próximo artigo dar continuidade a este. Vou analisar a maneira de gerir o país, deste presidente que nos governa atualmente, Jair Bolsonaro.
Por: Mauricio Campos