A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é um problema comum em bebês, com reações que podem surgir nos primeiros meses de vida. Identificar os sinais precocemente é crucial para o bem-estar do lactente.
Os sintomas da APLV podem ser facilmente confundidos com outras condições comuns na infância, como cólicas e refluxo. No entanto, é importante estar atento a sinais como vômitos frequentes, cólicas intensas, diarreia com sangue, dermatites e dificuldade no ganho de peso.
A principal diferença entre APLV e intolerância à lactose reside na causa: a alergia é uma reação do sistema imunológico às proteínas do leite, enquanto a intolerância é uma dificuldade em digerir o açúcar do leite, a lactose. É fundamental notar que a APLV pode causar reações severas mesmo com pequenas quantidades do alimento.
O diagnóstico da APLV é essencialmente clínico, baseado nos sintomas e histórico do bebê, além da exclusão de outras possíveis causas. Uma vez identificada a alergia, o tratamento envolve a exclusão total do leite de vaca e seus derivados da dieta do bebê.
Para bebês amamentados, a mãe também deve evitar o consumo de leite e derivados, pois traços da proteína podem passar pelo leite materno. É importante estar atento a ingredientes como caseína, soro do leite ou whey nos rótulos dos alimentos.
"A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma das reações alimentares mais comuns na infância." afirma o Dr. Júlio Cezar Boaventura, pediatra do AmorSaúde.
Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos casos de APLV desaparece até os quatro anos de idade. No entanto, o acompanhamento com o pediatra é essencial durante todo o processo.
"Jamais se deve reintroduzir a proteína do leite por conta própria. A supervisão médica é necessária para evitar reações graves e garantir um crescimento saudável à criança." orienta Boaventura.
Em casos de bebês que não são amamentados, fórmulas hipoalergênicas são indicadas. Fórmulas de soja só devem ser utilizadas sob recomendação profissional. A atenção aos rótulos, o cuidado com a alimentação fora de casa e o acompanhamento constante com o médico são atitudes fundamentais durante o tratamento.
Ainda de acordo com o especialista, com o diagnóstico precoce e os cuidados adequados, é possível controlar bem o quadro e promover qualidade de vida ao bebê. A orientação é sempre buscar avaliação médica ao menor sinal de sintomas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA