Passo por algumas casas com a bandeira hasteada no telhado, tal cena provoca-me náuseas. No inicio, não entendi o porquê de náuseas e ojeriza. Tais sintomas, conforme minha avaliação, são uma reação psicológica a tirania, ao fake – news e ao genocídio realizado pelo Presidente Bolsonaro e defendido por muitos apoiadores que só pensam no seu umbigo, mas fazem um discurso da defesa da coletividade, do pleno emprego e da família de bem para acalentar sua consciência e ter a sensação, como cristãos, que estão fazendo o bem e colocando em prática o evangelho.
Nossa bandeira e nossas camisas da seleção foram usurpadas pelo que há de pior na política nacional e na humanidade. Se você quer governar, realmente, para o bem comum - você dá oportunidade para o povo, ou seja, dá educação, gera emprego, diminui a carga tributária, robustece a saúde e seu sistema; cria universidades e escolas técnicas, projetos de inclusão social, postos de saúde, unidades de pronto atendimento. Fortalece, através de concurso público, o setor público para que este possa, realmente, fazer-se presente onde a iniciativa privada não vai.
O governo não vive sem o povo e este não vive sem o governo, logo, um depende do outro, todavia há um desequilíbrio quando um quer tirar vantagem do outro. Há um desequilíbrio quando o tralhador se nega a cumprir as leis e pagar os tributos; há um desequilíbrio quando o governante se alia com uma elite gananciosa que só pensa no lucro – isto faz com que haja desemprego, miséria, morte, depressão, exploração e escravização, além da tradicional corrupção. Corrupção que tira o dinheiro da educação, da saúde, da geração de emprego, da segurança; corrupção da rachadinha, do dinheiro na cueca, na casinha do animalzinho de estimação, no apartamento da amante, no helicóptero do cunhado e na mala do carro do pastor.
Esta gente ascendeu ao poder a luz do patriotismo, da luta anti – corrupção, da defesa da família de bem e de bons costumes. Usurparam, covardemente, símbolos da nação.
O brasileiro que se preza deve estar com o mesmo sentimento que tenho – de vergonha de vestir uma camisa da seleção canarinho, o de ojeriza do maior símbolo brasileiro – nossa bandeira, pois eles estão sendo usados, não na sua totalidade, mas na sua maioria por gente desonesta que se diz conservadora, gente que fecha os olhos para a milicia palaciana, gente que só pensa no seu umbigo e que é conivente com fakes; gente que não quer ver a ascensão, pessoal e profissional, do seu semelhante. Um grupo sem escrúpulos, ganancioso e que para manter o status quo defende um presidente genocida e fomenta aglomerações em nome da economia. Uma elite golpista, pois, para assumir o poder, deram o golpe em um governo popular - um governo que tinha erros atrozes, mas que fez com que o filho da empregada doméstica tivesse sonhos e esperança de crescer como profissional e ser humano, um governo que criou escolas, universidades, gerou emprego, valorizou o servidor público e criou políticas públicas de combate a exclusão, ao racismo, a escravidão e a homofobia.
Os atuais governantes estão fazendo o quê? Estão se locupletando com o dinheiro público e aumentando a desgraça do povo, pois a cada dia o desemprego aumenta, o número de mortos pela pandemia cresce e o servidor público fica desvalorizado e com o salário congelado ou achatado; a educação piora seus índices, professores ficam sem receber o que é seu por direito – o piso nacional do magistério.
A direita defende o quê? Luta por quê?
Esta direita fascista usurpou nossos símbolos e só envergonha o país e os brasileiros de verdade, os verdadeiros patriotas – trabalhadores, servidores públicos, professores, agentes de segurança pública e agentes de saúde. Certamente, esta gente, citada acima, envergonha-se da camisa canarinho e da bandeira verde e amarela, pois sabe que nosso verde está sendo destruído por ganância e falta de escrúpulos de setores do agro e de setores milicianos do palácio que estão em conluio com a CIA – Agência de Inteligência Americana – com o intuito de nos colonizar e escravizar.
Por: Mauricio Campos