Proponho fazermos uma breve, mas importante, reflexão sobre a questão, neste período em que a ONU lança mais uma campanha de "NÃO VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER " , através dos 16 dias de Ativismo, pelo mundo .
A nossa Constituição, que completou 32 anos este ano, trouxe significativos avanços nos direitos das mulheres, garantindo a isonomia jurídica entre homens e mulheres, apesar de ainda não ser colocada em prática na sua totalidade.
Tirou, no papel, a mulher da condição de submissa ao homem, eliminando a figura masculina como a de chefe da relação conjugal ( isso no capítulo referente à família).
Subsídiou, posteriormente, a formulação da Lei Maria da Penha, ao estabelecer como dever do Estado , no âmbito da violência, coibir a violência intrafamiliar.
Pois bem, paralelo aos esforços nessa coibição, crescem no país as estatísticas de violência doméstica. O que está faltando neste combate à violência contra a mulher?
Atrevo-me a afirmar: falta educar, reeducar e refletir sobre os mitos da violência, sobre a cultura machista. Parece clichê? Mas não é! Precisamos levar o diálogo para todos os cantos desta vida! Precisamos desconstruir a violência onde ela acontece e com os sujeitos vítimas e com os agressores, quando possível (exceto àqueles de extrema violência).
É preciso ocupar todos os espaços sociais para este diálogo; identificar que há violência e quais os tipos de violência.
Esse trabalho é urgente!!!
Mudar, tratar, refletir, punir comportamentos abusivos e cumprir a lei .
O Enfrentamento à violência contra a mulher exige união da sociedade civil e dos órgãos públicos.
A sociedade pacífica e justa, que sonhamos passa pelo fim dessa violência, pela garantia dos direitos a justiça e a igualdade.
Por: Cândida Navarro