A eleição do Conselho Tutelar em Candiota mostrou que é acompanhado por uma parcela significativa da população. Fatos para afirmar foram as alterações propostas que chegaram ao parlamento para ampliar a participação de candidatos flexibilizando as exigências cadastrais. As discussões tomaram vulto que saíram da tribuna da Casa e foi parar nos veículos de comunicação da região.
Vencida a etapa, entrou em cena uma decisão tomada em diminuir o número de locais de votação que mostrou em todas as cidades um erro que estrangulou a participação do eleitor pelas enormes filas a ter que enfrentar e foi alvo de centenas de reclamações e protestos.
Já do resultado dos 27 candidatos que se colocaram a disposição de Candiota no pleito, o destaque ficou para Rafaela Paródes Ortiz, 29 anos, eleita mais jovem dos conselheiros que ficou em terceiro lugar com 56 votos nos assentamentos,dois votos em Seival, 21 na Vila Operária e 94 em Dario Lassance. "Desde 2015 quando entrei na Escola Odete e também quando comecei a cursar pedagogia, tive interesse de estar no Conselho", conta
A sua experiência com criança começou aos 15 anos, no seu primeiro emprego, depois foi por dois anos monitora na escola Odete e os dois anos na Câmara de Vereadores como assessora acredita que lhe deu as condições necessárias para disputar uma das cinco vagas para o Conselho Tutelar, “Trabalhamos com leis, e o Conselho precisa ter entendimento, pois trabalha junto com o legislativo, executivo e judiciário”, justifica.
A jovem conselheira diz ter grande interesse de fazer parte do Conselho, pois sempre fez vários questionamentos quanto ao papel deste tão importante órgão, “Percebo que pode fazer além do que é feito, principalmente um trabalho de prevenção”, defende, fazendo referência que no seu entendimento é fundamental entrar para lutar por políticas públicas, zelar pela proteção integral das crianças e adolescentes, além de proteger contra trabalho infantil, discriminação, exploração e violência.
Como proposta, Rafaela fala em estimular outros órgãos ao controle e participação popular,, buscar parcerias para políticas de prevenção e orientação das crianças e adolescentes. “Penso que o Conselho não deve ser apenas um ‘bombeiro’, que fica esperando uma denúncia ou para apagar o fogo, mas sim, um órgão também de conscientização”, afirma.
Redação GJ