Se organizar futebol feminino no interior do Rio Grande do Sul já é um feito, imagina a grandeza que é realizar o esporte no interior do interior e ainda buscar obter resultados dentro das quatro linhas. Assim apresentamos a Associação Esportiva João Emílio (AEJE) que em 2019 foi para o quarto ano de atividade e disputando nos últimos dois anos consecutivos as competições com a chancela da Federação Gaúcha de Futebol.
Já ao falar do time da João Emílio o nome de Cleo Luiz Lopes de Moura é lembrado, tanto por dedicação, como pela competência em buscar aquele algo a mais para que AEJE tenha um lugar de destaque no cenário estadual.
“Desde que a gente iniciou o trabalho, o 2019 foi o ano mais difícil em obter resultado”, disse, se referindo ao tamanho profissional que alcançou as equipes femininas tanto do Internacional, como a do Grêmio. “Não bastasse a dupla Gre-Nal vir muito forte no adulto teve equipes como o Brasil de Farroupilha Oriente, que são cidades maiores que Candiota e também com um nível mais profissional”, relata Cleo.
Na avaliação de Cleo o time adulto foi difícil porque foi usada uma equipe muito jovem, basicamente Sub 16, mesclado com algumas adultas que não participavam de todas as partidas. Que de proveito foi um ano de muito aprendizado. “São várias meninas novas se destacando, pegando experiência”, conta e adianta que algumas estão recebendo convites para jogar em outras equipes, “Que é ótimo!”, afirma.
Como o trabalho de garimpar talentos não pára foi feito uma seletiva no sábado passado já pensando no grupo a ser composto para o próximo ano.
A proposta é colocar mais uma vez uma equipe com muitas jovens talentosas, isto porque a tradição que vai se formando na João Emílio é das categorias de base ajudarem no adulto. “A gente não sabe ainda quais categorias do Gauchão vamos disputar em 2020”, explica, mas acredita na ideia de jogar o adulto e o sub 16, mas como Cleo é alguém que acredita, viu na seletiva o surgimento de meninas com potencial para construir equipe para participar do sub 14. Não podendo esquecer do Sub 18 que é a primeira disputa do semestre.
“É uma possibilidade a mais”, levanta a possibilidade que chega junto uma afirmação de andar pelo caminho correto. “São várias meninas de Candiota que apareceram na seletiva”, complementa, dentro de uma constatação que uma das maiores dificuldades para obter melhores resultados está em não possuir um grupo com atletas residindo mais perto.
“A gente aprendeu que pra 2020 vai ter que treinar mais. A gente não conseguiu treinar em 2019 o suficiente, principalmente no campeonato adulto”, avalia. Motivo da proposta em ter mais gente trabalhando junto com a nossa comissão técnica.
Ideias não faltam, uma que tem tudo para dar certo é de associar pessoas ao time com um mensal. “Aí vai nos ajudar a ampliar um pouco a nossa renda pra podermos dar uma melhor condição de trabalho para as meninas”, aponta.
Do futuro Cleo afirma que a João Emílio avança com a proposta de uma diretoria forte, onde o presidente é o Anderson Teixeira (Gariba), que é de Candiota e possui ideias novas e muito conceituado como desportista.
Redação GJ