O mercado vai expandindo e as meninas vão buscando o seu espaço para praticar aquilo que gostam de fazer: jogar futebol
A entrevistada de hoje da coluna Damas da Bola é com a atacante Andressa Lodi, gaúcha, nascida em Porto Mauá, a jovem começou trilhar seus passos profissionalmente em 2018 no seu time do coração o Grêmio, sendo peça fundamental e goleadora da equipe na conquista do Campeonato Gaúcho no mesmo ano.
Em 2020 Andressinha resolveu atravessar o Brasil e desembarcar na Amazônia para defender o Hulk da Amazônia, como é conhecido o Iranduba, um dos mais tradicionais clubes femininos do Brasil. Uma tarefa nada fácil devido a reformulação de elenco e perdas de patrocínio que a equipe vem sofrendo desde o final do ano de 2019, mas dentro de campo Andressinha segue evoluindo em sua curta carreira sendo considerada em números oficiais, uma das maiores dribladoras deste inicio de Campeonato Brasileiro Série- A1, com quatro jogos disputados até a parada devido a pandemia do corona vírus, abaixo vocês vão poder descobrir um pouco mais sobre a história dela dentro das quatro linhas.
Você imaginava ser jogadora profissional?
Sempre foi meu sonho, desde criança.
Quantos gols têm em sua carreira?
Tenho 17 gols feitos.
Qual a zagueira que foi mais difícil de enfrentar até hoje?
Não cheguei a enfrentar ela em jogos, somente em treinos. Mas para mim é a Bruna Flor, zagueira do Grêmio. Trabalhei com ela nos dois anos em que estive lá e tenho certeza que se jogarmos contra vai me dar muito trabalho.
Como foi jogar no Grêmio?
Uma experiência maravilhosa. Defender meu time do coração sempre foi um sonho, assim como começar minha carreira lá. Sou extremamente grata ao clube, que abriu as portas para mim e por tudo que conquistei lá dentro.
E como chegou até o Grêmio?
Através de um teste que o professor Darci conseguiu pra mim.
E já conseguiu se adaptar ao Iranduba e ao clima da cidade?
Gosto muito do grupo, um time guerreiro. Apesar do clima de Manaus ser muito quente, aos poucos estou me acostumando (risos).
Como é a estrutura do Iranduba?
O Iranduba ainda não tem um CT próprio o que dificulta os treinamentos. Em relação ao que vi falar dos outros anos, agora está um pouco abaixo. Mas isso tem a ver com o patrocínio que está atrasado.
Você está entre as maiores dribladoras do futebol brasileiro, sofre muita faltas durante os jogos?
Acho que não muitas.
Na sua região tem alguma outra Andressinha surgindo?
Acredito que tem muitas meninas com potencial aqui. Tenho certeza que o projeto Andressinha vai ajudar muitas delas a entrarem no meio profissional, assim como me ajudou.
Como é sensação de ser campeã gaúcha sendo peça fundamental na conquista?
É uma conquista que vai estar sempre na memória. Foi meu primeiro ano como profissional e terminar ele sendo a artilheira do clube e com a taça na mão, certamente superou todas as minhas expectativas.
E o Iranduba vem forte para o Brasileirão? Pois perdeu várias atletas ano passado?
Sabemos das nossas limitações e dos problemas que o clube vem enfrentando com a falta de patrocínio. Mas vamos fazer o melhor que pudermos para manter o Iranduba na elite do futebol brasileiro.
Com o atraso de patrocínio atrasa o salário também?
Infelizmente sim.
É uma qualidade sua o um contra um ou algum treinador trabalhou isso com você?
Sempre foi meu ponto forte, mas o cara que me deu a coragem e a confiança pra usar isso foi o Felipe, ele trabalhou com agente no final de 2018 e foi um grande responsável pela conquista do título.
Qual a jogadora que você mais gosta de ver jogar?
A Cristiane.
Quem intermediou a sua negociação para o Iranduba e seu contrato vai até quando?
Foi o Jornalista de Santa Catarina Robinson Gamboa e o contrato vai até Dezembro.
Ficha Técnica
Nome: Andressa lodi
Idade: 20 anos
Altura: 1,57
Peso: 53 kg
Clubes: Grêmio 2018/2019, Iranduba-AM 2020
Cidade: Porto Mauá -RS
Por: Cléo Moura
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