Cultuado desde o Renascimento, o corpo violão (ou ampulheta) voltou a ficar em evidência atualmente, agora com força maior e novos conceitos de beleza feminina.
Não é dúvida de ninguém que toda a mulher quer um bumbum grande, assim como os homens se atraem por essa característica física feminina. Em por essa busca algumas particularidades do corpo feminino não são tratados com a importância que teriam que ter.
O que é 0,7?? Seria por exemplo uma mulher com 70 cm de circunferência abdominal (e não de cintura) para 100 cm de quadril, onde dividindo 70/100 = 0,7. Esse coeficiente que se tem como parâmetro foi estipulado pelos americanos, onde as mulheres possuem corpos mais magros. Brasileira ou latinas tendem a ter um bumbum mais avantajado.
Interessante também que mulheres que apresentam essa relação também tendem a ter menores riscos de doenças cardiovasculares e morte prematura, ou seja, são mais saudáveis, em relação a mulheres que tem uma relação cintura quadril acima desse valor. Isso acontece porque mulheres com relação abdômen quadril (RAQ) acima de 0,7 tendem a apresentar maior gordura na região do tronco (abdominal).
Voltando a sensualidade, “o que importa mesmo é a harmonia/simetria do corpo das mulheres, não somente tamanho”.
A ideia básica para uma mulher manter sua relação quadril em aproximado a 0,7 é reduzir sua gordura abdominal e dos membros inferiores (pernas), enquanto aumenta a massa muscular dos membros inferiores. Estudos mostram que mulheres treinadas apresentaram aumento da sensibilidade do tecido adiposo abdominal subcutâneo a ação lipolítica (queima de gordura). O treino de hipertrofia por si próprio vai estimular o ganho de massa muscular nos membros inferiores, que além de melhorar as proporções do corpo, também levará a adaptações metabólicas e hormonais, elevando testosterona e hormônio do crescimento, e aumentando a sensibilidade à insulina.
Estou falando apenas de atração física aqui, aquilo que nós sentimos principalmente num primeiro momento de contato visual. Um homem pode se sentir atraído por mulheres que tenham uma relação abdômen bem distante (RAQ) de 0,7, mas é claro que as que tiverem um RAQ de aproximadamente 0,7 terão maior tendência de serem atraentes (e isso independente do tamanho dos seios). Além do que 0,7 também tende a expressar mais saúde e maior expectativa de vida.
Também há hoje uma tendência a valorizar um padrão de beleza com quadris mais estreitos (diferente do que é típico aqui) e bumbum maior, ou seja, mais volume atrás do que nos lados.
Falando em treinamento de musculação feminino, algumas peculiaridades devem de ser consideradas sempre. Uma delas é muita desconsiderada em salas de musculação, muitas vezes pelo desconhecimento, é o treinamento especifico do músculo trapézio, que causa uma visão mais masculinizada das mulheres e muitas vezes fazem esses exercícios sem saber o resultado.
Falamos de RAQ, mas tem também a cintura escapular (largura dos ombros) que devemos considerar. Que abrange em especial os ombros, não vejo mulheres treinarem esse músculo com muita frequência nem dorsais. Esses músculos vão dar uma visão de corpo violão (ou ampulheta), tendo uma leve hipertrofia nas dorsais a região da cintura aparenta ser menor, em especial quando vemos de perfil de costas, complementando com os ombros no topo do tronco. Falando também em saúde o treino de dorsais (costas) é muito benéfico para evitar problemas colunas, com o fortalecimento desse músculo.
"Mas a principal mensagem que eu quero passar, é que mulheres: o que importa não é tamanho e sim a proporção, simetria e com isso uma harmonia do corpo. Isso torna uma mulher mais atraente fisicamente".
© 2024 Gente Jornal
Reprodução autorizada mediante citação do Gente Jornal
