A Embrapa Pecuária Sul convida empresas e associações/cooperativas para conhecer a linha de
trabalho em tecnologia de produtos cárneos, com foco no bacon de carne ovina. A ideia é realizar uma
rodada de negócios, e os interessados poderão assumir a corresponsabilidade pela adaptação à escala
industrial, validação técnica e comercial, visando futura exploração comercial desse produto cárneo.
Conforme o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins
da Silva, o objetivo é o estabelecimento de uma parceria entre a Unidade de pesquisa e a empresa
selecionada, que vai receber todo o know how para produção do bacon ovino, desenvolvido em escala
experimental por uma equipe de pesquisadores da área de ciência e tecnologia de carnes, no âmbito do
projeto Aprovinos (projeto Aproveitamento Integral da Carne Ovina).
Os interessados devem se manifestar até o dia 22 de outubro de 2021, enviando e-mail para
cppsul.chtt@embrapa.br, indicando o nome e endereço da empresa/organização, e um telefone para
contato. Logo após essa data, a Embrapa Pecuária Sul entrará em contato para agendar uma reunião,
visando identificar as oportunidades, possibilidades de trabalho conjunto, e negociar possíveis
parcerias.
Bacon ovino
O bacon ovino é um derivado cárneo curado e defumado feito a partir de um corte específico da barriga
de ovinos mais velhos. Os dois tipos de bacon ovino desenvolvidos na Embrapa Pecuária Sul passaram
por testes de aceitabilidade com consumidores e receberam notas acima de 7, o que demonstra que o
produto foi aceito pelos avaliadores. “O bacon ovino desenvolvido na Embrapa Pecuária Sul permite que
o processo tecnológico empregado transforme a carne ovina em um produto com sabor diferenciado,
ofertando novas opções de derivados cárneos ao consumidor e uma experiência sensorial única”,
destacou a analista da Unidade de pesquisa, que trabalhou no projeto Aprovinos, Citieli Giongo.
Aprovinos
Além do bacon, o projeto Aprovinos desenvolveu outros diversos produtos à base de carne ovina, como
copas, presuntos (já em fase de industrialização), mortadelas, patê, hambúrguer, linguiça, sarapatel,
buchada e pertences de feijoada.
Todos os produtos são feitos com categorias animais com pouco valor comercial hoje, como animais
mais velhos e de descarte, porém com qualidade nutricional elevada. A inspiração para o
desenvolvimento dos produtos veio de derivados de carne suína, que são conhecidos e apreciados pelo
consumidor. Para chegar a esses produtos, foram dez anos de pesquisas em áreas como processo de
salga, cura, defumação e maturação.
O projeto tem como um dos objetivos o fortalecimento da cadeia da carne ovina, a partir da promoção
de novas alternativas de produtos à indústria, comércio e consumidores finais, além de proporcionar
mais uma alternativa de mercado aos ovinocultores.