Coluna: Mauricio Campos
No sábado, dia 29 de Maio, fui às ruas por vacina no braço e comida no prato. Fui às ruas em defesa da vida, da empatia, do pleno emprego, do trabalhador e do servidor público. Isso me torna esquerdista? Isso me torna comunista? Não sei. O que sei é que a esquerda e o comunismo são mais humanitários, mais empáticos e mais próximos da minha filosofia cristã.
Quem ainda sai às ruas por este governo, após tudo o que veio à tona, é cúmplice; pertence ou deseja pertencer a uma elite que explora e que tira direitos, além de atacar servidores públicos para se locupletar.
O governo Bolsonaro é o principal responsável pela falta de vacinas e pelo número estrondoso de mortes no nosso país. Ainda têm o desplante de se enrolarem na bandeira do Brasil ou usarem camisetas da seleção; uma gente que vilipendia de nossos símbolos e fazem com que a população tome ojeriza pela nossa bandeira e nossas camisas verde e amarelas. Nossos símbolos não podem ser usado como farda em manifestações de apologia a economia e desprezo a vida.
Mais de 400 mil mortes. 70 milhões de doses rejeitadas por um governo que comete, diariamente, o crime de epidemia – artigo 269 do Código Penal. Fui às ruas por que queria a presença de meu amigo e colega, Luiz Henrique Lamadril; a presença da mãe do colega Fegue – Mana Rich; a presença do ator Paulo Gustavo e de tantos outros. Não sei dizer se eles estariam aqui, caso tivéssemos tidos estas milhares de doses rejeitadas, mas, certamente, o país estaria em situação melhor – em termos de vacinação - e a probabilidade de eles terem sido vacinados seria grande.
Fui às ruas para defender a vida, o trabalho, o teto, a terra e a vacina para todos; fui às ruas para defender os servidores públicos – verdadeiros heróis deste país. Esta classe sofre ataques canalhas e covardes - tudo para que hajam mais Ccs ineficazes, ineficientes, incompetentes e desocupados; sim, desocupados, pois vejo, seguidamente, em órgãos públicos, Ccs com mesa sem computador e sem um porta caneta sequer – somente mexendo no whats e no facebook as custas do dinheiro público. Dinheiro este que poderia ser muito bem investido na qualificação dos concursados, na educação, na saúde e na segurança. Não obstante, é mais prático ficar estaqueado, em uma esquina, com bandeira de político nebuloso em vez de estudar 8h diárias para concurso.
Por isso fui às ruas e irei quantas vezes for necessário.