Coluna: Éder Peres
“Vivemos em uma situação em que apenas quem está longe é o melhor.”
Na perspectiva Regional e porque não Nacional, temos uma situação em que apenas quem está longe é melhor e mais importante, desmerecendo ou até não enxergando diante de nossos próprios olhos quem nos rodeia. Quanto mais longe estiver, mais valor terá aos olhos de quem não sabe valorizar quem merece, é assim que algumas pessoas vivem em ambiente proximal, sempre longe do bom, não pelo fator geográfico, mas sim pelo fator percepção que lhes falta na hora de localizar o “bom” quando necessário.
Como um fato que não deve ser desconsiderado, observamos fisiculturistas brasileiros no ultimo ano voltarem para o Brasil, saindo dos Estados Unidos. País este considerado por muitos anos o berço desse esporte, com um vasto conhecimento, oportunidades de carreira e uma valorização maior do esporte se, comparado ao Brasil, nosso país.
Para entender essa volta dos nossos atletas, o fisiculturista profissional Fernando Sardinha em entrevista, descreve que durante aproximadamente um ano morando nos Estados Unidos a realidade não é diferente daqui. Os profissionais não são melhores que os nossos, o conhecimento é o mesmo, as oportunidades em uma análise de Sardinha, são melhores no Brasil.
Ainda considerando o fato de quanto mais longe melhor, o autor e treinador Waldemar Guimarães em um de seus livros conta, que em certa vez um paciente cardíaco saiu da sua cidade natal do Brasil para buscar um tratamento em Houston, no Texas. Quando o médico norte americano ouviu de onde ele vinha, ficou indignado e mandou-o de volta para exatamente a cidade de onde o mesmo vinha, pois lá encontrava-se o melhor médico do mundo de cardiologia. Esta história é verídica e tratava-se do médico Francisco Gregori Junior de Paraná, segundo Guimarães.
É difícil de compreender que em dias atuais onde o conhecimento está disponível para todos, seja em qual localização geográfica, tenha ainda esse conceito relatado anteriormente. Mas, não podemos esquecer que ter o conhecimento a disposição, é diferente de querer apreende-lo. Isso rompe barreiras, porque conhecimento não tem preço.
Para assim concluir, não é localização geográfica, nem sempre há a necessidade de ir longe para procurar o melhor. A ideia que se deve ter é, não importa onde você esteja, se qualifique, estude e aperfeiçoasse, sem esses quesitos você não conquista nada nem no melhor lugar do mundo.
Referencias: Guimarães Neto, Wadelmar. MIT. 1°ed. – São Paulo, 2015.