Coluna: Mauricio Campos
Caros leitores e internautas, tenho severas e diversas críticas ao PT – Partido dos Trabalhadores, assim como tenho severas críticas ao PTB, MDB, PSDB, PP, PL e outras siglas.
As críticas são com relação a corrupção; jamais vou fazer apologia ao anti – petismo, anti – tucanato, anti – PTB, anti – PL e assim por diante.
Lula é forte candidato, seu discurso em defesa da vida, da distribuição de renda, da recuperação do Brasil – em termos de geração de emprego, volta ao G20 e sair do mapa da fome da ONU robustece sua candidatura e robusteceu sua imagem.
Porém, algumas partes do discuso são falácias. Veja, caro leitor, Bolsonaro nega ser genocida, nega que sua política é negacionista e nega que a cloroquina não tenha efeito sobre o covid – 19; o Presidente nega ter contato e intimidade com milicias, nega fazer rachadinhas e nega ser corrupto; afirma não saber, ou melhor, não responde sobre os 89 mil que o Queiroz depositou na conta da Michele. Jair Messias nega que seu filho, Flávio Bolsonaro – senador da República - seja corruto e que tenha adquirido uma mansão de mais de 6 milhões, de maneira obscura.
Roberto Jeferson/PTB posa de bom moço, de defensor dos valores Cristãos, da família e dos bons costumes, todavia foi preso e condenado por corrupção – lembrando que corrupção é o câncer que mata milhares de pessoas que necessitam de serviços essências do poder público.
Aqui na nossa aldeia – Região da Campanha - tivemos políticos que foram afastados de seus cargos, pelo GAECO, sob acusação de formação de quadrilha, desvio de dinheiro público e afins – não obstante, retornaram, por liminar, para seus cargos e estão neles até o momento; há políticos condenados no TRE – Tribunal Regional Eleitoral – que conseguiram o direito de concorrer e, caso eleitos, tomar posse. Os últimos políticos citados – os de nossa aldeia – afirmam ser inocentes e que foram absolvidos, mas tal fato não procede.
Lula usa das mesmas artimanhas populistas ao afirmar que foi inocentado e que foi absolvido - na verdade, seu processo foi anulado por vício de origem, ou seja, manipulação de provas ilícitas, condução nebulosa do processo, por parte do juiz Moro; ações indevidas e praticas antiéticas dos procuradores.
O que quero dizer com isso – o discurso populista permeia todas as siglas, ou melhor, quase todas. Nossas lideranças sabem que o discurso deles não é para o meio intelectual e para quem conhece a fundo o mundo político e sociológico, mas para as massas que, na maioria das vezes, não questiona, não procura saber a veracidade dos fatos, não aguça seu senso crítico e opta por acreditar no que lhe convém e é mais cômodo.
A dura realidade nos mostra isso, ou seja, a grande massa agindo como gado, defendendo falácias de políticos de várias matizes ideológicas.
Vejamos, caros leitores e internautas, nós estamos vendo, parte da população, fazendo manifestações contra isolamentos e lockdows – quando, na verdade, a manifestação deveria ser para que haja vacina para todos os brasileiros. O Brasil é o país que menos vacina – 57 no ranking, embora o governo negue e parte da imprensa defenda esta política negacionista e genocida, leia-se, Adrilles Jorge e outros pseudo – comunicadores da Jovem Pan.
Batemos em mais de 250 mil mortes por causa de discursos e de atitudes populista e negacionista, para não dizer genocida.
Na nossa aldeia, assistimos, estupefatos, aglomerações feitas pelo Presidente Bolsonaro e seus aliados; assistimos, perplexos, um trabalho, bem-sucedido, de combate a pandemia ir por água abaixo. Os responsáveis pelo recrudescimento das infecções e óbitos, na nossa região, negam ter culpa e colocam - na na população. Assistimos cabos eleitoras, na campanha, defendendo candidatos com condutas nebulosas e afirmando, por não aguçarem seu senso crítico, ser fake - news; observamos pessoas, que tinham que manter o emprego, proliferando ataques pessoais e a honra de adversários, difundindo mentiras e fake - news – tudo isso baseado no discurso populista de sua liderança, ou seja, a de afirmar absolvição sem a ter realmente.
Lula não foi absolvido. Lula vai responder processo por corrupção passiva e desvio de dinheiro público, vai responder pelo sítio de Atibaia e pelo triplex, porém o processo volta do zero por causa dos erros e abusos jurídicos de origem – erros condenáveis e tendenciosos.
A conclusão pode vir a ser a absolvição, como pode vir a confirmar a condenação, mas até lá – o ex – presidente comete fake ao afirmar que foi inocentado, assim como políticos locais cometem o mesmo fake ao afirmar a mesma citação, quando na verdade estão recorrendo, em segunda instância, de uma condenação e estão respondendo por inúmeros processos que podem ou não levar a absolvição na primeira instância.
Bolsonaro comete o mesmo fake, ou seja, o mesmo discurso populista, sobre os 89 mil na conta de sua esposa, sobre a eficácia da Cloroquina, sobre a ineficiência do uso de máscaras e álcool em gel, sobre a inocência de seus filhos, sobre as milícias e sobre as mais de 250 mil mortes não ser genocídio realizado por uma política equivocada.
Contudo, feita a análise ou o comparativo dos discursos – o debate e a observação a ser feita é sobre gestão – qual será a mais eficaz para o país e para grande parte da população? Pois já sabemos que grande parte ou a maioria de nossas lideranças usa do expediente populista para se firmar no imaginário popular.
Sobre este tema – gestão, humanidade, empatia, diplomacia e competência - darei continuidade no artigo da próxima semana.
Pretendo escrever, também, sobre minha mais nova aquisição, uma camisa da seleção da URSAL – União das Repúblicas Socialistas da América Latina. Não entrarei no mérito se tal URSAL é real e se seria benéfica. Tratarei da análise futebolística, onde tal seleção seria imbatível. Acompanhe nos próximos artigos.
Por: Mauricio Campos