No Dia Mundial do Câncer, 04 de fevereiro, data criada com o objetivo de aumentar a conscientização e a educação sobre a doença, a Prefeitura de Bagé traçou um panorama dos serviços oferecidos para os pacientes oncológicos da rede pública de saúde. A palavra-chave é o acolhimento.
Quando um paciente procura a rede municipal de saúde e é percebida alguma alteração que gere suspeita de câncer, este é encaminhado a um serviço especializado. O Centro Integrado de Oncologia e Mama (CIOM) é, então, a porta de entrada para o tratamento de câncer em Bagé.
“O CIOM nasceu da necessidade de ampliar o serviço da Unacom, com a proposta de disponibilizar toda parte médica. Nós oferecemos Urologia, Ginecologia, Mastologia, Oncologia clínica, Cirurgia oncológica e todo o tratamento multidisciplinar que envolve Assistente Social, Psicologia, Fisioterapia, além da Enfermagem e da Nutrição”, explica Luciana Etchegaray, enfermeira oncológica e coordenadora do centro.
Segundo Luciana, o CIOM oferece todo o suporte para que o paciente tenha seu diagnóstico e inicie o tratamento com celeridade. “Nós somos um serviço de referência porque desde que o paciente tem uma suspeita de câncer até alcançar um diagnóstico e um tratamento já definidos, são cerca de 60 dias. Muitos estados precisam de até seis meses para isso”, explica. Uma média de 500 a 700 pacientes passam pelo Centro mensalmente.
Com a sede do serviço de radioterapia em construção, os pacientes que requerem esse tipo de tratamento são encaminhados para Pelotas ou Porto Alegre. O transporte fica a cargo da Prefeitura, por meio do setor de Tratamento Fora do Domicílio (TFD). De acordo com Vanderson Pereira, coordenador do TFD, são cerca de 100 atendimentos de pacientes oncológicos por mês.
“Aqui damos todo suporte ao paciente oncológico. Eles chegam com encaminhamento do médico, passam pelo nosso setor de marcação de consulta e são direcionados para o tratamento. O TFD oferece todo o transporte, seja de carro, ambulância, e àqueles que não requerem transporte específico nós disponibilizamos a viagem de ônibus para paciente e acompanhante”, detalhou.
“Quando internam fora da cidade, também levamos e buscamos. São pacientes que, geralmente, estão fragilizados. Então nós sempre deixamos o TFD à disposição. Se tiverem problemas, podem nos ligar da cidade que estiverem e nós tentamos resolver da melhor maneira possível”, disse o coordenador que destacou, ainda, a importância da nova frota disponibilizada pela gestão do município para tornar esse deslocamento mais confortável e seguro.
Conforme Pereira, há pessoas que fazem viagens para tratamento diariamente. Há, ainda, outros que preferem (ou precisam) ficar na capital, evitando o desgaste do percurso. Para estes, o Governo Municipal disponibiliza a Casa de Hospedagem com 40 leitos, na região central de Porto Alegre.
De acordo com Alexandra Umpierre, coordenadora da Casa, os pacientes oncológicos abrigados são encaminhados pela Assistência Social do município.
“Nós recebemos esses pacientes e fazemos um cadastro para saber como eles podem ser melhor atendidos. Se precisam de acompanhamento psicológico ou de enfermagem, por exemplo. Também levamos e buscamos dos hospitais e contamos com toda a estrutura para que o paciente e sua família se sintam acolhidos”, afirma Alexandra, para quem trabalhar nessa função é gratificante. “São três anos de Casa e a cada momento vejo o quanto esse trabalho é gratificante e como o Governo Municipal acolhe com todo o carinho aqueles que precisam”.
RADIOTERAPIA
Com as obras em andamento, o prefeito Divaldo Lara reforça a importância da radioterapia. “Em breve, teremos todo o ciclo de tratamento para o câncer na cidade, contemplando não apenas os bageenses, mas toda a região. Isso significa dizer que a comunidade já não precisará se deslocar em um momento que é um dos mais delicados da vida do paciente. Estamos satisfeitos em poder proporcionar esta e tantas outras melhorias na área da saúde”, destacou.