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HERÓIS DA LINHA DE FRENTE: TÉCNICA EM ENFERMAGEM CONTA SOBRE SUA ROTINA NA UTI DA SANTA CASA DE BAGÉ

Hélica abre um aparte para enfatizar o papel da Santa Casa de Caridade de Bagé, na qual trabalha na UTI adulto, que sempre deu todo o suporte necessário tanto com EPIs, treinamentos, como também no psicológico.

Por Gente Jornal

05/01/2021 às 11:15:35 - Atualizado há
Hélica Busatto Braga / Foto: Reprodução

Hélica Busatto Braga, com apenas 24 anos, não se intimidou ao novo coronavírus. Trabalha como técnica em enfermagem na UTI adulto da Santa Casa de Caridade de Bagé, há dois anos e meio. A jovem é acadêmica de enfermagem do sexto semestre na URCAMP.

Hélica relatou para a reportagem do Gente Jornal que lembra que quando iniciou a pandemia “lá em março”, tudo era novo, tínham medo do desconhecido, de como iriam enfrentar quando  chegasse até a eles. “Por trabalhar em uma UTI sempre estamos preparados para todo tipo de urgência, nosso psicológico também precisa ser muito bom, porém a covid foi algo diferente que chegou até nós”, conta.

Ela abre um aparte para enfatizar o papel da Santa Casa de Caridade de Bagé, na qual trabalha, que sempre deu todo o suporte necessário tanto com EPIs, treinamentos, psicológico. “Muitas vezes trabalhamos em dobro, com a equipe reduzida, mas jamais deixamos de prestar assistência com excelência”, enfatiza e faz um paralelo por ter visto com tristeza os noticiários na TV dos outros hospitais em outros estados que estavam sem respiradores, medicações entre outras necessidades que o momento exige. “Mas ao mesmo tempo que isso me deixava triste, sentia uma alegria enorme em saber que aqui sempre tivemos tudo, e todos receberam atendimento necessário”, reforça.

Da rotina, conta ser bem corrida, mudou de Candiota para Bagé para poder estudar. “Meu horário de trabalho é sempre das 13h às 19 h, aos domingos das 7h as 19h. Saio do hospital direto para a faculdade, cansada sem poder nem passar em casa. Mas quando a gente faz o que realmente gosta, tudo recompensa”.

Perguntada sobre como se sentia na linha de frente no combate ao vírus, sendo tão jovem, respondeu que o fato da idade e estando na linha de frente, nunca a fez se sentir menos que qualquer outro profissional com mais experiência. “Pelo contrário acredito que os jovens profissionais tem muita energia que é uma aliada muito importante ao combate contra covid”.

Um fato que não pode ficar de fora, se tratando da pandemia, são as aglomerações. Hélica foi categórica em afirmar que as festas são de tamanha irresponsabilidade. “Mas infelizmente algumas pessoas pensam que é bobagem ou que não vai acontecer com alguém que conhece. Mas acontece”, alerta e complementa recomendando: “Porém se cada um fizesse a sua parte, se cuidasse e se colocasse no lugar do outro o número de contaminados seria muito menor”.

A rotina no enfrentamento da pandemia é uma tarefa complexa e que lida em ter de atender várias pessoas conhecidas contaminadas e até mesmo colegas seus de trabalho. “O que é horrível”, lamenta.

– Graças a Deus muitos foram recuperados, mas infelizmente perdemos pacientes no caminho, o que nos deixa sempre muito tristes. Porém, sempre com a certeza que tudo que estava ao nosso alcance foi feito. A nossa rotina diária já é sob pressão, e atender pacientes covid positivo é uma grande responsabilidade. Diz que " a luz na nossa luta e a alegria de ver cada paciente recuperando saindo da UTI é um combustível para fazer cada vez melhor o nosso trabalho" – finaliza.

Fonte: Redação GJ
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