A atleta além do talento mostra conhecimento muito grande sobre a realidade do futebol feminino no Estado, pois viveu de perto a realidade dos clubes do interior.
A entrevistada de hoje da coluna Damas da Bola é a lateral esquerda Pâmela Herzer da cidade de Charqueadas-RS que disputou o campeonato Gaúcho adulto pela equipe de Estrela e conseguiram chegar até a disputa do titulo do interior contra a equipe do Brasil de Farroupilha onde foram superadas pelo placar de 4x1.
Pâmela é uma atleta oriunda do futsal da equipe ARF Leoas, um projeto que revela grandes talentos para o futebol feminino.
Ainda em 2020, Pâmela passou um período treinando no Brasil de Farroupilha que segundo ela serviu para sua adaptação ao futebol de campo, perto da disputa do campeonato gaúcho ela fez um teste no Estrela e foi aprovada. Dentro de campo ela foi um dos destaques da equipe com seus passes precisos, ajudou o seu time a ficar na quarta colocação do estadual.
Abaixo vocês vão poder conhecer essa atleta que é apaixonada pelo futebol e que mostra também um conhecimento muito grande sobre a realidade do futebol feminino no Estado, pois viveu de perto a realidade dos clubes do interior.
Pâmela com que idade você deu os primeiros chutes em uma bola?
Não vou saber responder exatamente quando, sempre joguei bola desde pequena, a minha primeira escolinha de futsal foi com uns 11 ou 12 anos, jogava com meninos.
E você acha que jogar com os meninos te ajudou a evoluir como jogadora?
Acredito que quando comecei sim, porque não tinha muitas meninas que gostassem de jogar ou que soubessem, hoje em dia está bem diferente, meninas estão superando meninos e o interesse em jogar futebol está bem maior.
Quais clubes você já defendeu até hoje?
Joguei em vários clubes de futsal amador, futsal jogo em um time aqui da minha cidade ARF Leoas.
E no campo onde você já atuou?
No campo passei um tempo treinando em alguns times aqui do interior, mas o Estrela foi o primeiro que tive a oportunidade de disputar um Gauchão.
E como foi que você chegou no Estrela?
Através do meu professor da ARF, fez contato com eles e fiz um teste.
E como você avalia a sua participação nesse Gauchão?
Jogar o Gauchão já foi uma baita conquista, aprendi muito e ganhei mais experiência, jogar contra equipes como Grêmio e Internacional é sempre uma oportunidade para crescer mais.
Qual posição você atuou no Estrela?
Joguei de lateral, mas jogo de meia atacante também.
Quais teus planos para 2021?
Trabalhar forte para crescer ainda mais, vou seguir no futsal pela ARF aqui na minha cidade, mas tenho o interesse em jogar o Gauchão novamente.
Quais jogadoras você é fã?
São várias, mas Debinha, Formiga, Megan e Tobin Heath são as que eu mais gosto.
O Estrela conseguiu treinar para disputar o Gauchão? Pergunto isso, pois as equipes do interior têm grande dificuldade em reunir as atletas devido à maioria trabalharem durante o dia?
Treinamos pouco tempo e tínhamos essa dificuldade também em reunir todas para treino.
Você treinou um tempo no Brasil de Farroupilha, você achou proveitosa sua passagem por lá e o Brasil hoje é a terceira força do futebol feminino gaúcho?
Sim, foi uma experiência boa, Brasil hoje consegue oferecer um pouco mais que os outros times do interior, tem uma estrutura boa um grupo bom e entrosado, dessa forma acredito que estejam mais a frente.
O que o futebol representa para você?
Futebol é uma das paixões da minha vida, eu amo futebol, além de oferecer saúde física, nos ensina muito sobre a vida e como sermos melhores, tenho um sonho de ser jogadora e viver disso.
Você é uma atleta bem inteligente dá para ver isso em suas respostas, o que você acha que ainda falta para o futebol feminino começar a atrair mais patrocinadores?
Falta muito ainda, acho que esse trabalho tem que ser desde a base com mais escolinhas de futebol feminino, nas escolas incentivarem mais as meninas a participarem pra desenvolver cedo a prática – já iria ajudar muito quando fossem para um time maior. Temos essa desvantagem de começar muito tarde a jogar e a ter oportunidades. As pessoas falam que futebol feminino é mais lento e tem também essa coisa de ter um time bem estruturado e outro criado há pouco tempo, aí ao jogarem um contra o outro pode levar uma goleada, isso não atraí as pessoas/patrocinadores, por isso acho que precisamos de uma estrutura desde cedo para todos, mais incentivo, tornar mais competitivo, para ter mais emoção o feminino acho que dessa forma iriamos crescer muito e atrair a mídia, não só em épocas da Copas do Mundo e Olimpíadas.
Quais teus pontos fortes dentro de campo e o que precisa evoluir?
Acho que no campo ainda preciso evoluir muita coisa, por estar fazendo essa transição agora, mas tenho um bom passe e uma visão de jogo muito boa.
Ficha Técnica
Nome: Pamela Herzer
Idade: 25 anos
Altura: 1,59
Peso: 58 kg
Cidade: Charqueadas RS
Por: Cléo Moura