Durante live explicativa sobre a não aceitação da classificação da bandeira preta pelo estado do Rio Grande do Sul, o prefeito de Bagé, Divaldo Lara, acompanhado do procurador jurídico do município, Igor Palomino, do secretário de saúde, Geraldo Gomes e do coordenador do Centro de Operações Especiais, Mário Mena Kalil, recebeu a confirmação de que o recurso apresentado não foi aceito e Bagé permaneceu com a classificação negativa, mesmo com todos os argumentos apresentados.
Ao vivo, Divaldo reafirmou à população que continuem trabalhando e que não vai fechar a cidade, mesmo com a classificação do estado. “Vamos trabalhar com o recurso de cogestão, para que possamos administrar as ações da cidade de forma independente. Caso não seja aceito, entraremos com o mandado de segurança para garantir o funcionamento dos setores, principalmente o comércio. Mantenham seus trabalhos porque vamos enfrentar esta bandeira preta com posição. Não ficaremos em polo passivo e não vamos permitir o fechamento do comércio em pleno Natal”, adiantou.
Divaldo lembrou que Bagé passou pelo pior momento no início e está há nove meses enfrentando a pandemia com empenho de todos. “Enquanto muitos municípios não adotaram as práticas, nós fizemos todo o necessário e não vamos permitir o fechamento neste final de pandemia, porque em breve a vacina estará disponível. Inclusive Bagé foi a primeira a protocolar pedido de compra de vacina, há mais de 90 dias. Somos a segunda melhor cidade em combate ao vírus no Rio Grande do Sul, com os menores números de infectados e vítimas”, lembrou.
Mena destacou que os indicadores são iguais ou menores que os da semana anterior. “Nosso comércio tem sido exemplo no combate ao vírus, por isso precisamos preservar o emprego de milhares de bageenses. Seria uma grande injustiça prejudicar este setor. O que vamos fazer é intensificar a fiscalização, em uma grande força tarefa. Sabemos que estamos todos cansados mas é hora de trabalharmos juntos”, ressaltou. O médico reafirmou que há leitos disponíveis e estrutura para abertura de novas unidades, se necessário for.
“Aqui não teremos bandeira preta. Quem não concorda pode ficar em casa e fazer seu isolamento, se tem condições e seu salário garantido. Nosso principal objetivo é manter a vida, mas também os empregos dos bageenses. E quem está falando isso é um prefeito que luta há nove meses contra este vírus e não ficou em casa, esteve na linha de frente todo o tempo”, lembrou.
O procurador Igor Palomino informou que será confeccionado um decreto emitido pelo prefeito, determinando que o município seguirá com as regras da bandeira vermelha.