Este texto vem tentar chamar a sociedade para a reflexão, ou seja, não sejamos como vaca de presépio, permitamo-nos sair da caixa e avaliar as possibilidades, ampliar os horizontes.
Caros leitores e internautas, estou escrevendo este texto hoje, dia 03/11, para ser publicado entre quinta e sexta – feira, dias 05 ou 06/11, no meu espaço semanal do Gente Jornal.
Por que faço este preâmbulo? Sei que na reta final das eleições municipais há veículos de comunicação de vários municípios da região (que este jornal abrange) que estão fazendo pesquisas; tais pesquisas estão programadas para sairem na sexta, no sábado e a partir da semana do dia 09/11. Escrevo, portanto, para que não digam que este articulista é tendencioso e está tentando justificar alguma possível derrota. Quem me conhece sabe de minhas posições e sabe que neste espaço como nas rádios onde trabalho, trabalhei e no meu canal – sou imparcial; noticio os fatos e critico os erros de quem quer que seja, doa a quem doer.
Pois bem, caros amigos – compartilho da tese do radialista Edgar Muza; tese que defende que pesquisa é nebulosa, pesquisa não corresponde a vontade de um município inteiro. Para o comunicador, as pesquisas são feitas com pequenos grupos distintos – o que não pode ser considerado científico e, muito menos, retratar a realidade e os anseios de uma comunidade.
Vamos a alguns dados: em nível estadual, no ano de 2002, Germano Rigotto/MDB estava com, apenas, 3% das intenções de votos. Todavia, acabou indo para o segundo turno com o candidato petista, Tarso Genro, e acabou levando aquela eleição. Quatro anos mais tarde a história se repete, porém com atores diferentes; desta vez quem fica com cerca de 5% é Yeda Crussius/PSDB e vai para o segundo turno - onde obtém êxito.
Na eleição de 2014, a cena se repete. Tarso Genro concorre a reeleição e lidera as pesquisas, no entanto, surpreende-se com o gringo de caxias que sai dos meros 2% para enfrentar o petista no segundo turno e levar o pleito. Mais uma vez isso ocorre em 2018, onde Eduardo Leite/PSDB acaba saindo da quarta posição para ficar em segundo e ganhar o pleito, no segundo turno, de José Ivo Sartori/MDB.
Nos EUA, as pesquisa vem errando e confirmando a tese de Muza. Na eleição de 2016 a Democrata Hilary estava ganhando de rebenque na mão, conforme pesquisas – todavia, quem levou a melhor foi Donald Trump. Neste ano, a pesquisa mostrava Biden com vantagem extremamente superior, no entanto a peleia está acirrada, mesmo que o Democrata esteja na frente.
Tais dados mostram que as pesquisas não são 100% confiáveis e, na minha óptica, não são 10% confiáveis. O que ganha a eleição é nossa consciência, nossa ideologia, nossos anseios por um país mais justo, por um município mais digno, por uma gestão mais proba e que foque na educação, na defesa dos vulneráveis, dos servidores públicos e etc. Nossa consciência não pode se deixar manipular por esta polarização imbecil de Família e bons costumes X esquerda – temos pessoas boas e sensatas em ambos os lados. Não é por que um candidato é de esquerda, comunista ou de extrema direita e capitalista que ele é desonesto e terrorista.
Por fim, este texto vem tentar chamar a sociedade para a reflexão, ou seja, não sejamos como vaca de presépio, permitamo-nos sair da caixa e avaliar as possibilidades, ampliar os horizontes, verificar se há uma terceira via ou se devemos manter os gestores atuais; avaliemos seus históricos, suas propostas, o que fizeram, o que deixaram de fazer.
Avaliemos se ele (candidato) é quem, realmente, diz que é, ou seja, se pratica o que defende; analisemos se é probo, se não responde e não foi condenado por improbidade. Não nos esqueçamos – eles são mercadorias que estão sendo embaladas por marqueteiros para serem vendidos a nós, a nossa comunidade, a nossa sociedade; cabe a nós escolher a melhor mercadoria, pois caso contrário podemos quebrar nosso estado, país e município e só poderemos devolver, tal mercadoria estragada, após quatro (4) anos.
Por: Mauricio Campos