As eleições de 2000, em Bagé, podem se repetir 20 anos depois. A história se repete, nem sempre como tragédia ou farsa, mas se repete.
Na eleição de 2000, Bagé teve como candidatos a prefeito – Carlos Sá Azambuja/PPB, Luiz Mainardi/PT, Clementino Molina/PTB, Carlos Fico/PSB e Guarani de Bem/PFL
Naquela eleição a diferença de Mainardi e Guanaco foi de 3 mil votos. O fiel da balança foi o, corretor e advogado, Guarani de Bem que fez cerca de 5 mil votos e não quis abrir mão de sua candidatura em prol de Guanaco.
Neste 2020, Bagé vai ter Divaldo Lara/PTB, Luiz Mainardi/PT, Uilson Moraes/SOLIDARIEDADE, Manoel Machado/PSL, Ricardo Cougo/PSB, Beto Alagia/PODEMOS, Alvaro Lahorgue/PSOL, Chico Brizola/PDT.
Em 2000, PDT foi coligado com PT, PC do B e PCB; já o PPB de Guanaco estava com PMDB, PSN, PL e PSDB; o PSB veio sozinho, assim como PTB e PFL.
Nesta eleição, ao que tudo indica, DEM, PSDB, PV, PTB, PL, REPUBLICANOS e PSC virão aliados; já o PT pode vir com o PC do B. PSOL vem sozinho, assim como, em tese, PDT, SOLIDARIEDADE e PSB. O PODEMOS vem, tudo indica, com o PSD.
A eleição promete cobras e lagartos. O páreo vai ser talho por punhalada e a diferença vai ser mínima – de no máximo 4 mil votos. Resta saber quem vai ser o fiel da balança ou o Guarani desta eleição, pois Alagia e Machado tiram votos de Divaldo Lara; já Ricardo Cougo e Alvaro Lahorgue tiram votos de Mainardi. O Solidariedade, de Uilson Moraes, tira votos dos dois, ou seja, de Divaldo e de Mainardi.
Todavia, pode surgir uma terceira via, pois, ao que parece, o embate, a troca de farpas, acusações e processos vai ficar entre três candidatos – Uilson Moraes, Divaldo Lara e Mainardi. Quem não entrar nesta briga e for propositivo pode ter a chance de ser a terceira via e alcançar o paço municipal
O MDB está dividido nesta eleição, pois o presidente da sigla tende a querer uma aliança com o PT, já parte do diretório deseja apoiar o PTB. A sigla de Ulisses Guimarães vai ser o marco decisivo, pois quem levar este apoio, leva um bom tempo de TV e rádio.
Por: Mauricio Campos