Opinião Direito e Sociedade

JÁ É SETEMBRO, E AINDA QUARENTENA?

Pandemia e mudança cultural

Por Gente Jornal

06/09/2020 às 17:39:01 - Atualizado há
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Comecei a escrever para a coluna “Direito e Sociedade” logo o início da quarentena. Então, vieram as medidas provisórias trabalhistas, os planos emergenciais do governo, novas medidas provisórias, mais alguns planos. Essas mudanças interferiram em nossa vida cotidiana, nas relações familiares e de trabalho.

Algumas dessas medidas trabalhistas já caducaram, como a MP 927, que trouxe algumas regras novas sobre o teletrabalho. Entretanto, apesar de ela ter caducado, o teletrabalho está cada vez mais vivo e coerente com os novos tempos (de redução de custos e diminuição da circulação).

As relações familiares estão no topo da lista dos “itens” que mais sofreram turbulências com a quarentena, porque o ambiente de trabalho veio para dentro de casa, além da escola, da academia e tudo o que mais couber nesse “liquidificador existencial”.

Esperávamos, sim, uma mudança aqui, outra acolá, mas não aguardávamos um novo marco na história, algo do porte da “Queda da Bastilha” ou da “Revolução Industrial”.

Pasmem, mas a pandemia veio para ditar novos comportamentos, queiramos ou não. A sociedade passa por um turbilhão de modificações: protocolos sanitários, mudança no mundo da moda (agora é a vez do “comfy”, do rímel colorido para os olhos, de combinar a máscara...), adaptaram-se as metodologias do ensino para um ensino mais “híbrido” (presencial e virtual) e as relações internacionais pendem para uma “desglobalização”, que traz reflexos políticos para todos os lados.

Já estamos em setembro, faltando poucos dias para a primavera. Porém, não sabemos quanto falta para o fim da pandemia, ou se ela veio para ficar conosco por algum tempo, como se fosse um hóspede chato e indesejado.

Enfim, a sociedade e seus fenômenos culturais mudaram com a pandemia, nossa forma de cumprimentar agora é mais polida e não cabem abraços, o que fere a nossa latinidade. Filósofos estão comentando que é um tempo de reflexão, de mudança interior, de resgates, do qual certamente haveremos de sair diferentes. Melhores ou piores, não se sabe, mas com certeza, adaptados.

Por: Adriana Bertollo

Fonte: Redação GJ
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