Opinião Visita presidencial

CAPITÃO CLOROQUINA!!

Primeira coluna do jornalista Mauricio Campos no Gente Jornal

Por Gente Jornal

30/07/2020 às 19:48:25 - Atualizado há
Foto: Arquivo Pessoal

Vocês, caros leitores, conhecem o capitão Cloroquina? Ele é aquele que nos filmes de ficção e de heróis é o vilão dissimulado.

O capitão Cloroquina é o presidente de um país chamado Ipiranga. O presidente assumiu o governo após uma crise moral e política; ascendeu ao poder da nação ipiranguense com um discurso de ódio, homofóbico, racista e de combate ao setor e servidor público. Dizia o que os grandes banqueiros e latifundiários improdutivos, daquela nação, queriam ouvir e ler.

Pois bem, o capitão Cloroquina foi detectado, por uma junta médica, com capacidade cognitiva reduzia, pois não ouvia seus ministros e assessores; fazia fanfarra e peripécias na capital federal. Há quem diga que havia um psiquiatra de plantão para medicá-lo, caso seu déficit cognitivo ficasse alterado.

Em Ipiranga, havia uma cidade chamada Tubiacanga, lá foi eleito um prefeito elegante, mas egocêntrico e deslumbrado com a mídia e redes sociais. Um ano após as eleições municipais e dois anos após a eleição do capitão Cloroquina para o posto máximo de Ipiranga – surge uma doença muito forte e rara naquela localidade. Os cientistas ipiranguenses afirmavam que o que deveria ser feito era o uso de máscaras, álcool em gel, luvas e o fechamento total da economia, ou seja, quarentena total até que se achasse a cura. O prefeito tubiacanguense contrariou Cloroquina e aderiu as orientações dos cientistas; já Cloroquina pregava que era uma gripizinha. O líder de Tubiacanda, embevecido pela mídia e pela força que a internet tomou naquela quarentena, decidiu contrariar suas, próprias, recomendações e a recomendação do governador do seu estado, ou seja, em Tubiacanda era proibido sair ou chegar em viagem, pois isso poderia fomentar mais o alastramento da doença. Todavia, o tubiacanguense conseguiu que Cloroquina fosse inaugurar obras na cidade, em meio ao caos de saúde que abalava a nação. É importante salientar que Cloroquina não respeitava os cientistas, destituiu-os de seus cargos, mandou-os para o exílio e não usava os equipamentos preventivos que se pedia para que a doença não se alastrasse; onde quer que o capitão fosse, era sem máscara, sem álcool, sem luvas e fomentando aglomerações e contatos – o que aumentava o contágio e, sucessivamente, o número de óbitos em Ipiranga.

A consequência da visita de Cloroquina a Tubiacanga, vocês verão nos próximos artigos.

Fonte: Redação GJ
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