A jovem atleta acredita que para chegar onde quer precisa batalhar muito e enfrentar todas as dificuldades
A entrevistada de hoje da coluna Damas da Bola é a jovem lateral direita da cidade de Herval, Ingrid Orestes de 16 anos, que atualmente defende as cores das Minas de Candiota, sendo umas das principais apostas para a temporada. Apesar da pouca idade Ingrid já tem larga experiência no futebol e futsal passando pelas categorias de base do Pelotas e sendo campeã estadual pela Malgi, equipe de futsal de Pelotas, que realizam um belíssimo trabalho de base.
Ingrid apesar de franzina tem muita força física, isso com certeza aliada a sua inteligência e liderança dentro de campo lhe proporciona uma melhor leitura do jogo, fazendo assim melhorar significativamente suas atuações, inclusive vale salientar que ela é a capitã da Malgi. Ingrid é uma atleta muito focada na parte física sempre realizando todos os trabalhos proporcionado pelo preparador físico Dhonnata Barão. A expectativa é que Ingrid consiga ajudar muito a João Emilio esse ano dentro de campo, a probabilidade que ela seja titular é muito grande, pois a Comissão Técnica gosta muito do seu estilo de jogo e isso encaixa com o estilo que a equipe pretende adotar assim que os treinos retornarem, abaixo vocês conferem um pouco mais da trajetória de Ingrid Orestes .
Com que idade você começou a jogar futebol e onde foi?
Comecei com 11 anos jogando no time de meninos do professor Paulinho, no Time Brasil em Herval e era somente eu de menina.
Como era jogar com os meninos. Isso te ajudou de alguma forma?
Muito, me ajudou a superar meus medos e encarar de frente os obstáculos para então chegar no que sempre quis que era jogar com as Lobas (time feminino do Pelotas), foi uma coisa fundamental pra mim. E todos me tratavam muito bem, apesar de eu me sentir uma “intrusa” no meio de todos os meninos.
Como aconteceu sua chegada nas Lobas?
No mesmo ano em que comecei a jogar nas categorias de base do Brasil de Herval, no fim do ano mais preparada e com alguma noção do que era jogar futebol fiz a peneira das Lobas atuando como zagueira, – mesmo achando que não iria passar. E aí veio a surpresa, o professor Marcos disse que viu muito potencial em mim e então comecei a treinar, foi um dia que ficou marcado, pra sempre, com certeza.
E como foi a experiência de jogar pelas Lobas?
Uma experiência muito valiosa para mim, não somente experiência com futebol, mas sim coisas que levarei para a vida. Saber que para chegar onde quero é preciso batalhar muito e enfrentar todas as dificuldades.
Quais competições você disputou pelas Lobas?
Campeonato Gaúcho sub-15 em 2017 e torneio integração em 2017.
Qual foi o jogo mais importante da tua vida?
A semifinal do Gauchão Sub-15 em 2017 contra o Internacional, com certeza me marcou muito.
Como aconteceu de você jogar na Malgi?
Eu já admirava a Malgi há muito tempo. Então quando fui estudar no CAVG surgiu a oportunidade de realizar uma peneira na qual o professor Mauricio me convidou, então ganhei um a bolsa de 100 por cento para treinar. Lá fomos às primeiras campeãs do estadual Sub-15 no ano passado, isso foi muito legal também.
E a João Emilio como surgiu na sua vida?
Eu conheci a João Emilio pela Rachele já antes mesmo de jogar com o Pelotas. Mas a oportunidade de fazer parte do time surgiu após minha saída das Lobas pelo seu convite.
E você gostou do ambiente da equipe?
Bastante. Mesmo tendo pouco contato com todas meninas ainda, só no primeiro jogo já deu para perceber o quanto são receptivas, uma verdadeira família.
E no jogo contra o Rio Grande na sua estreia você fez um gol. Conta um pouco sobre a sua estreia?
Foi muito inesquecível aquele dia. Muito motivador estrear com gol. Como já disse me senti muito a vontade para fazer o que sei fazer graças as suas palavras de apoio a mim, por isso aquilo aconteceu.
Esse ano você foi promovida a categoria adulta da João Emilio. Está ansiosa para começar os treinos?
Bastante. Estou com muita saudade dos gramados e ansiosa para conhecer as colegas de campo que ainda não conheci.
Como manter a forma física durante a pandemia?
Não é fácil. Tem que cuidar da alimentação e tentar não comer tanta besteira. Os exercícios físicos faço sempre que me sinto disposta. Os dias que não estou me sentindo bem não faço, pois temos que respeitar os limites de nosso corpo, ainda mais em época como essa que estamos vivendo, mas realizo pelo menos de três a quatro dias por semana.
Quais jogadoras você é fã?
Falando de jogadoras famosas, Andressinha e Marta me inspiram muito pelas suas trajetórias de vida. Mas aqui, entre as que conheci me inspiro na Júlia Cipriani, pra mim sempre será um ícone. Conheci ela quando joguei no Pelotas, foi um prazer imenso treinar com ela, outra menina que admiro muito é a Júlia Oliveira que também conheci no Pelotas e sempre admirei muito. Outra que admiro é a Mariana Batista, está jogando no Internacional, ganhamos juntas o estadual de futsal pela Malgi.
O futsal te ajudou a melhorar teu futebol?
Creio que sim, muito na parte da agilidade, pois eu tinha dificuldade na tomada de decisão.
Quais teus pontos fortes no campo?
Acho que velocidade e força de chute, pela minha percepção, mas de repente vendo de fora se percebe melhor.
Quem é teu principal incentivador no futebol?
Minha mãe, ela nunca me deixou na mão, sempre deu asas para meus sonhos e me incentivou a fazer o que sempre me fez feliz desde que comecei a jogar.
Como liderar a Malgi sendo a capitã. É uma responsabilidade maior?
Com certeza é um grande desafio. Mas sei que se eu consegui alcançar esse objetivo é porque tenho condições para desempenhar bem minha função. Sempre muito focada nos treinos, cumprindo meus compromissos, ajudando em tudo que os professores precisam e sempre que posso ou não sempre justifico, enfim, dando meu melhor sempre em qualquer situação.
Ficha Técnica
Nome: Ingrid Freitas Orestes
Idade: 16 anos
Peso: 50 kg
Altura: 1,58
Posição: Lateral Direita
Clubes: Pelotas, Malgi e João Emilio
Por: Cléo Moura