As expectativas é disputar pela segunda vez o campeonato Gaúcho pelo time da João Emílio
A entrevistada de hoje da coluna Damas da Bola é a filha do seu Vildemar e da dona Nadir, a volante Maria Eduarda moradora da zona rural do pequeno município de Alegria, hoje defende a equipe da João Emilio de Candiota, a jovem e talentosa meia campista ama o futebol desde pequena e graças a sua trajetória vitoriosa no futsal da região onde mora despertou o interesse das Minas de Candiota jogando seu primeiro Campeonato Gaúcho em 2019 onde mostrou muito talento e determinação. Na sua rotina diária Maria Eduarda trabalha duro ordenhando vacas e ajudando sua mãe na lida da casa e se precisar dirige até trator, ela como toda a menina talentosa sonha em jogar em uma grande equipe do futebol brasileiro, mas sempre com os pés no chão sabe que o caminho é árduo, duro mas não impossível, em 2020 se tudo der certo ela vai jogar seu segundo Gauchão, agora com mais experiência espera ajudar a João Emilio a fazer uma boa campanha, abaixo vocês vão conhecer a sua trajetória vitoriosa.
Maria Eduarda como começou esse amor pelo futebol?
Bom foi desde que me conheço por gente(risos), sempre gostei de jogar e olhar o futebol, depois que aprendi a caminhar sempre estava com uma bola embaixo do braço.
Você participou de alguma escolinha de futebol?
Sim, em 2017 fui convidada pra jogar pela escolinha Base TM de Três de Maio município vizinho de onde moro.
Me conta sobre tua rotina aí no interior de Alegria onde mora?
Bom eu acordo ‘pelas’ 6h30 por aí, vou pra fora ordenhar as vacas e tratar os bichos, depois durante o dia ajudo minha mãe nos afazeres da casa, a tarde depende do dia, às vezes tem algum serviço pra fazer na roça, senão vou correr ou caminhar, brincar com os meus bichinhos de estimação, depois a tardinha tenho que fazer o serviço tudo de novo tirar silagens e ordenhar as vacas.
Quais teus bichinhos de estimação e quais outras coisas gosta de fazer além do futebol?
Cachorro, gato e cabrito, gosto de pescar.
Como foi jogar o Campeonato Gaúcho pela João Emilio?
Foi algo inexplicável, quando surgiu o convite feito pelo treinador da João Emilio, eu não acreditei(risos) porque sempre sonhei em jogar um campeonato de tão grande importância que é o Gauchão, mas achava que não aconteceria, mas foi uma experiência maravilhosa, aprendi muitas coisas com a João Emilio.
De quanto eram seus gastos por viagem para jogar pela João Emilio?
Bom de gasolina dava em média uns 350 reais por jogo, ainda que a estadia eu conseguia de graça na casa de conhecidos meus.
Como foi pra você na estreia do Campeonato Gaúcho ter a cobertura da RBS TV desde o vestiário?
Eu não sabia o que fazer no momento, pois nunca havia passado por algo assim, no começo o nervosismo era grande mas foi passando, foi uma grande emoção e uma alegria muito grande aquele momento.
Quem são os teus principais incentivadores?
Meu pai e minha mãe.
Existe alguma possibilidade de surgir um time feminino aí na tua região para disputar o Campeonato Gaúcho?
Aqui na nossa região eu acho bem difícil, não tem quase apoio nenhum pra isso, seria muito bom se isso acontecesse, pois muitas garotas tem o potencial pra jogar uma competição de alto nível igual o Gauchão.
Como foi estreiar de cara contra o Internacional um dos melhores times do Brasil?
Por ser o time do coração foi uma emoção muito grande e bateu bastante nervosismo na hora do jogo, pois sempre admirei o time por ter atletas muito boas à nível de Seleção Brasileira, então jogar contra elas foi um aprendizado e tanto, foi muito bom.
Tem alguma menina surgindo aí com muito potencial?
Aqui especificamente por ser um município pequeno e sem muito incentivo, não, mas aos arredores tem bastante gente boa.
Qual jogadora você mais gosta de ver jogando?
Eu sempre admirei todas, porque sei o quanto que é difícil se tornar profissional, mas sem dúvidas a rainha Marta é a principal, Formiga e a Amandinha do futsal.
Você era atacante, pela João Emilio atuou como volante, foi difícil a adaptação?
Na verdade na João Emilio foi a primeira vez que joguei campo, só jogava salão e sempre jogando no ataque, então no começo foi bem difícil estava um pouco perdida em campo, mas procurei observar o que minhas companheiras faziam pra entender melhor o jeito que deveria atuar.
A João Emilio conta muito com você para disputar o Campeonato Gaúcho dessa temporada, espera poder defender a equipe novamente?
Fico muito feliz em saber disso, com certeza acho que isso é um sonho que toda menina tem, jogar uma vez já foi grandioso poder dar continuidade será muito bom, porém a gente não recebe muito apoio com patrocínio pra isso e por ser longe acaba sendo muito desgastante as viagens e os jogos.
Normalmente as equipes do interior do estado perdem para a dupla grenal por uma boa diferença de gols, é muito difícil jogar contra elas?
Ahh com toda certeza, o nível da dupla grenal é muito elevado comparando com as equipes do interior isso vai em todos os aspectos, principalmente o físico que conta bastante no jogo e são equipes muito entrosadas isso dificulta bastante no decorrer do jogo pra quem enfrenta elas.
Teus amigos assistiram o jogo no youtube contra o Grêmio?
Teve alguns que assistiram sim, mas quem mais acompanhou e torceu foi minha família mesma.
Fala um pouco da atuação da Daniela, goleira da João Emilio contra o Grêmio?
Nossa foi uma atuação espetacular, ela com certeza salvou o time inúmeras vezes, ela fez defesas incríveis, muitas vezes lances muito difíceis de se defender, ela atacou demais.
Quais os sonhos da Maria no futebol?
Ter a oportunidade de continuar jogando muito tempo, não importa a equipe ou o local apenas poder jogar, com certeza que meu sonho é ir pra uma equipe grande mas sei o quanto é difícil, então se puder continuar jogando isso já é ótimo.
Se a Maria pudesse indicar duas atletas da tua região para a João Emilio quais seriam?
Cauane Dilli e MargeliRigo.
Fala um pouco do trabalho da treinadora MarizeMeller da escolinha Base TM?
Bom a Marize fazia um trabalho incrível coma s garotas que gostavam de jogar bola todo o sábado de tarde estava ela lá no ginásio esperando a gente para treinar, um pouco físico e depois jogo porque não se tinha muito tempo de horário, ela dava oportunidade pra quem realmente se interessava e essas ela colocava para jogar, ela sempre estava ali apoiando e nos colocando para jogar nos torneios da região.
Ficha Técnica
Nome: Maria Eduarda Schlindwein
Idade: 19 anos
Altura: 1, 67
Peso: 62 kg
Cidade: Alegria
Por: Cléo Moura