Só funciona o essencial, para não parar o fornecimento de carvão a CGTEE
Em assembleia realizada nesta quinta-feira (27/2), os mineiros de Candiota rejeitaram toda proposta da empresa e também não aceitou a prorrogação que vem sendo feitas no atual acordo coletivo. Sendo declarada greve a partir das 8h da próxima segunda-feira (2/3).
O dirigente do Sindicato dos Mineiros Hermelindo Ferreira falou ao GenteJornal os principais pontos dessa proposta que não foram aceita pela categoria.
– A empresa não quer dar o índice de reajuste. Este acordo já venceu em 1° de maio de 2019. Os salários em vigor, ainda são os de 2018, de lá pra cá. nós não temos nenhum reajuste.
“Esse índice de correção que seria de 5,07% cinco vírgula zero sete por cento é o INPC daquele período, período de 30 de abril/2018”, explica, fazendo referência que mesmo acontecendo reuniões, a empresa segue sem ofertar o índice. O Estado sob alegação que não tem condições de pagar porque as condições financeiras da empresa não permite, acaba provocando com essa decisão uma sentença não só para os salários, mas também na correção do vale alimentação e demais cláusulas financeiras: auxílio creche, auxílio estudante.
Outro fator determinante é o Dia do Mineiro. Data com significado para a categoria que deixa de existir, conforme proposta patronal. Sendo uma afronta, já que a data já é consagrada e representa o mesmo que o dia do trabalhador.
Uma outra demanda é a intenção de demitir os aposentados, querendo tornar mais ‘barata’ essa demissão. “Peguei um cálculo dum colega que tem 28 anos de empresa. Ele tem um salário R$ 4,8 mil. Os 12 dias que consta na clausula do dissídio pra ele representa um valor de R$ 53,6 mil. Ao acabar com essa clausula, o trabalhador que está saindo perde valores bem expressivos no momento da sua rescisão”, explica.
Hermelindo também adiantou que tudo está sendo preparado. Ficando funcionando área essenciais, que vão funcionar para não parar o fornecimento de carvão a CGTEE, “Que é o pessoal da brita, beneficiamento, britagem, moagem de carvão, um número mínimo. Só para não parar”, argumenta.
“Não é ganho salarial, mas sim em manter o salário, ser pago as perdas que elas tiveram, mas não tem conseguido, já que o Estado não tem cedido nenhum espaço para que ocorra essa reposição”, reforçou.