Selic a 15%: Onde Investir Agora?

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic para 15% ao ano. A decisão, unânime, diverge das expectativas do mercado, que previa a manutenção em 14,75%.

Especialistas ouvidos pelo Broadcast Investimentos apontam a renda fixa como principal destino dos investidores, mas também veem oportunidades na renda variável e no exterior.

Caio Camargo, estrategista de investimentos do Santander, recomenda a renda fixa para todos os perfis de investidores, devido ao seu baixo risco e alto retorno.

"Recomendamos a renda fixa em todas as carteiras e em todos os perfis. Estamos num momento mais otimista em relação à renda variável internacional, mas ainda com bastante cautela. Temos um cenário ainda incerto, tanto no curto quanto no médio prazo, tanto no Brasil quanto no mundo." afirma Camargo.

Gustavo Okuyama, especialista em renda fixa da Porto Asset, destaca a segurança da renda fixa em períodos de desaceleração econômica, tornando-a uma alternativa interessante em relação às ações.

Para Gustavo Harada, da Blackbird Investimentos, a Bolsa brasileira apresenta potencial de valorização, sugerindo um aumento gradual na exposição à renda variável.

"Hoje enxergamos uma assimetria grande em relação a alguns valuations, até por isso mesmo que vejo como oportunidade de incremento, de começar a aumentar de leve e aos poucos a exposição em renda variável. Não acho que é o momento também de você virar 100% e alocar todo recurso em renda variável, mas sim um aumento gradual aproveitando essas oportunidades", diz Harada.

Okuyama aconselha a alocar de 5% a 10% dos recursos em renda variável, visando o médio e longo prazo. Camargo sugere optar por setores mais defensivos ao investir na Bolsa, como energia e instituições financeiras.

Camargo também destaca a importância de diversificar os investimentos, incluindo ativos no exterior, seja diretamente ou através de empresas brasileiras com receita dolarizada. Ele menciona o setor de tecnologia, como a Nvidia, como uma boa oportunidade, e sugere aproveitar a depreciação do dólar para investir fora do país.

*Reportagem produzida com auxílio de IA