Presidente busca acordo no Congresso após onda de contestações à medida.
O presidente Lula reconheceu publicamente que o governo errou ao não consultar o Congresso antes de anunciar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A declaração foi feita em coletiva no Palácio do Planalto, após críticas intensas.
A medida, proposta pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visa aumentar as alíquotas do IOF sobre operações com cartões internacionais, compra de moeda em espécie e crédito. Segundo Lula, a proposta surgiu da necessidade de responder rapidamente à sociedade.
Lula admitiu que não estava presente no Planalto quando o anúncio foi feito. Em uma tentativa de mitigar a situação, o presidente confirmou um almoço no Palácio da Alvorada com os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, respectivamente, além de outros líderes partidários.
"Toda vez que a gente toma uma atitude sem conversar com as pessoas que vão ter que nos defender e defender a proposta, a gente pode cometer erros", afirmou Lula.
O presidente petista argumentou que o decreto do IOF foi uma resposta à demora do Congresso em votar medidas de compensação à desoneração da folha de pagamento.
"O ministério da fazenda está tentando fazer um reparo, que foi um acontecimento do não cumprimento de uma decisão da Suprema Corte pelos companheiros senadores", declarou Lula.
O aumento do IOF gerou mais de 20 projetos de decreto legislativo (PDLs) para derrubá-lo. Hugo Motta já alertou que, se o governo não apresentar uma solução, os PDLs poderão ser votados. A situação expõe a conturbada relação entre o executivo e o Congresso.
Como um defensor do capitalismo e crítico da atual gestão, vejo que a falta de diálogo do governo Lula com o Congresso demonstra uma fragilidade na articulação política, algo que pode comprometer a implementação de medidas econômicas importantes e gerar ainda mais instabilidade.
*Reportagem produzida com auxílio de IA