Direita e esquerda de Bagé evitam olhar para o óbvio

Parte expressiva da população bageense compreende que aconteceu uma grave situação causada pela chuva de granizo e alagamentos e, soluções devem ser realizados pelas autoridades constituídas através das urnas – Agora, o que cabe aos que defendem governo municipal, estadual ou federal essa população não faz juízo de valores, mas sim que chegue a solução aos atingidos.

Fato esse que até seria de fácil equação, caso não estivesse a cidade a portas de uma eleição municipal totalmente aberta onde o prefeito Divaldo Lara não concorre por já ter cumprido dois mandatos consecutivos a frente da prefeitura.

É um equivoco crer que exista eleição fácil, ganha antes da hora, principalmente em uma cidade onde especialistas afirmam que existe uma disputa polarizada entre direita e esquerda, mas com resultado das urnas não acompanhando de forma linear uma destas duas tendências de pensamentos. Exemplo foi a derrota do petismo com o deputado estadual Luiz Fernando Mainardi na eleição para prefeito e Luiz Inácio Lula da Silva ser vencedor no pleito para presidente.

Guerra da desinformação

As redes sociais não possuem filtros, cabe nela todas publicações e, Bagé possui um fenômeno que se chama grupos de WhatsApp e Facebook (são mais de uma dezena de grupos formados com milhares de usuários) que domina a circulação de informação, inclusive sendo o veículo dos jornais, sites, páginas de notícias compartilharem suas postagens neles para poderem ter audiência e circulação.

O resultado é uma guerra de informação que se soma com opinião, que tem como resultado a desinformação. O caso da verba das telhas é resultado disso. Os petistas afirmam e apresentam comprovante que verba do governo Federal chegou para Bagé adquirir telhas. Já o município afirma que nada chegou até agora. Um lado acusa o outro, ninguém quer ficar como mentiroso na história – já a população fica recebendo sistematicamente a máxima do Chacrinha “Eu não vim para explicar. Vim para confundir.”