Produtores pedem audiência pública para que o tema seja tratado e resolvido. Isto porquê a situação está insustentável.
Um problema decorrente na vida de agricultores da região, são as estradas nas quais trafegam, que acaba interferindo diretamente na produção de seus insumos.
No município de Hulha Negra a situação se agravou de uma certa maneira, que levou aos produtores da área a procurarem a Câmara de Vereadores da cidade para uma audiência. Mas que ao ser vetado pelo legislativo, deixou os envolvidos preocupados e com a dúvida de quando seriam ouvidos.
Desta maneira, o Gente Jornal conversou com alguns produtores rurais para poderem contar tudo que estão passando pelas más condições para escoarem as suas produções. O Assentamento Nova União, que é um dos mais antigos do município, com 32 anos de existência e, a Conquista da Fronteira, onde há vários corredores, se encontram, em situação de emergência ainda maiores, dando o exemplos do descaso do governo Renato Machado em dar condições mínimas de trafegabilidade nas áreas dos assentamentos.
O residente do Assentamento Nova União, Osmar Cavalheiro, falou sobre a necessidade da audiência pública para um maior contato com o poder público e agilidade para resolver este problema.” Queremos e precisamos desta audiência ou que uma comissão seja aberta no legislativo para analisar e cuidar mais de perto das estradas rurais. Que seja chamado, pelo menos, um representante de cada cooperativa . Nossa parte nós fizemos, foi pedido um requerimento aos vereadores, mas de nada adiantou, votaram contra. Não queremos desgastar o Governo, nem ninguém. Apenas precisamos de respostas e ações, porque não adianta em época de eleição vir somente com promessas e quando eleito não querer nem nos escutar”, reivindicou Cavalheiro.
João Carlos Camargo contou que sempre esteve envolvido na batalha em melhorias das estradas e que, inclusive, há algum tempo atrás, foi um dos que trabalhou para que acontecesse o convênio ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), e que inclusive foi construída uma estrada, que com uma permanente manutenção por parte da gestão municipal, deixaria viável o acesso. “Infelizmente isso não aconteceu, outros recursos foram incorporados, através do Movimento Sem Terra, via convênio com a prefeitura hulhangrense. Mas, como já é nítido, acabou caindo em interesses políticos e hoje não possuímos nenhum aporte”, salientou Camargo.
A reivindicação mais recorrente é que a prefeitura não está dando atenção necessárias para produtores, cooperativas e todos aqueles que utilizam diariamente das estradas rurais para seus sustento. “ Parece que nós teríamos que ter uma campanha eleitoral permanente no município, pois somente nesses momento que o povo é lembrado e ouvido. Os produtores de leite, todo dia estão na estrada para levar à cidade. Vivemos um desleixo, não é um trecho apenas, é toda a estrada, um buraco dentro do outro”.
Ainda fez um apelo. “Os agricultores estão sofrendo, quem entrega a produção de leite, principalmente. Não há transporte escolar, caminhões ficando empenhados, insumos estragando, trabalhadores cansados. Discurso não enche a barriga de ninguém, queremos que sejam mais práticos, mais rápido em executar suas obrigações. Havendo dedicação e comprometimento, o município terá maquinários para a manutenção. Que a gestão busque recursos do estado para solucionar este problema, caso não possua outra maneira, o que não podemos é continuar assim”, concluiu.