INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS GAÚCHAS AVANÇA 1,6% EM JANEIRO, PRIMEIRA ALTA MENSAL DESDE INÍCIO DA PANDEMIA

A Fecomércio-RS divulgou nessa quinta-feira, dia 21, o resultado da Intenção de Consumo das Famílias (ICF-RS) de janeiro. Aos 57,8 pontos, o ICF-RS teve sua primeira alta na margem desde o início da pandemia, ao variar 1,6% em relação a dezembro. Na comparação com janeiro do ano anterior, porém, o indicador permanece em patamar muito deprimido, registrando queda de 37,9% – o que indica o longo caminho de recuperação a ser percorrido para que a confiança das famílias possa ganhar força.  

A reação na passagem de dezembro para janeiro no indicador reflete o avanço de componentes relacionados ao consumo, com destaque para Perspectiva de Consumo (7,2%; 43,5 pontos), Nível de Consumo Atual (6,9%; 52,3 pontos), e Momento para Duráveis (16,1%; 36,8 pontos). Embora expressivos, os avanços se deram sobre patamares muito baixos no campo pessimista (abaixo dos 100,0 pontos), de forma que os resultados apontam para avaliações menos negativas em cada aspecto, mas ainda assim muito pessimistas. Entre os entrevistados, 56,9% indicaram estar comprando menos e quanto à perspectiva de consumir, 69,1% avaliam que o consumo deva ser menor nos próximos meses.  

Os indicadores relacionados ao mercado de trabalho, por sua vez, seguiram em queda: -6,4% no Emprego Atual (63,3 pontos) e -4,6% na Perspectiva Profissional (40,5 pontos). Já o indicador da Renda Atual seguiu indicando estabilidade (0,1%). "A insegurança em relação ao emprego, diante das incertezas dos rumos da economia e da própria crise sanitária, é um dos principais aspectos que freiam a retomada da confiança das famílias para consumir, de forma que a recuperação do mercado de trabalho vai ditar o ritmo da recuperação da intenção de consumo das famílias", comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.