O parlamentar do Psol permaneceu sentado durante a execução da canção símbolo do estado por considerar conteúdo racista da composição. Ele foi criticado por colegas.
Ao tomar posse no cargo de vereador em Porto Alegre, Matheus Gomes (Psol), historiador e negro, se recusou a cantar o hino do Rio Grande do Sul durante cerimônia de sexta-feira (1º/1). A recusa se deu pelo que ele considera um conteúdo racista da composição, que foi oficializada como símbolo do estado em 1966. Colegas na oportunidade o criticaram pela atitude.
O Movimento Tradicionalista Gau?cho (MTG) se manifestou sobre “as colocac?o?es de que o Hino Riograndense possui conotac?a?o racista ao afirmar, em parte da letra, de que “povo que na?o tem virtude, acaba por ser escravo”, durante posse na Câmara Municipal de Porto Alegre”.
No entender do MTG, tal afirmac?a?o diz respeito a? uma submissa?o da enta?o Provi?ncia de Sa?o Pedro ao Impe?rio, no peri?odo da Revoluc?a?o Farroupilha. E nada tem de discriminato?ria.
– Enquanto a comunidade negra, na qual integrantes do pro?prio movimento se inserem, se prende a este tipo de pole?mica, perde um precioso tempo de ser protagonista de uma nova histo?ria que cabe aos pro?prios negros e brancos escreverem. O MTG reconhece a importa?ncia dos negros e dos pro?prios Lanceiros Negros na revoluc?a?o e na construc?a?o de nossa identidade regional. E tem manifestado esse respeito, inu?meras vezes, atrave?s das danc?as tradicionais, canto e poesia. Em 2020, de forma ine?dita, promoveu uma programac?a?o virtual, alusiva a? Semana da Conscie?ncia Negra. E assim seguira? na luta pela inclusa?o do negro em nossa cultura – diz a manifestação do MTG. E finaliza alertando – No entanto, entende que desviar o foco dessa luta, atendo-se a questionamentos que carecem de contextualizac?a?o histo?ria e desvia o foco daquilo que deve realmente ser discutido.
Assinou a nota Julia Graziela Azambuja, diretora do Departamento de Manifestac?o?es Individuais e Esponta?neas do MTG.