Na semana que passou, após mais de sete meses sem atividades, as equipes diretivas, serventes e merendeiras e grupos de apoio retornaram às instituições de ensino para preparar a volta dos alunos em muitas escolas da região
O Gente Jornal conversou com a conselheira tutelar de Candiota Rafaela Paródes Ortiz sobre o decreto de volta as aulas pelo governador Eduardo Leite no Rio Grande do Sul.
“Sabemos que a taxa de contaminação pelo COVID continua em crescimento, e é preocupante este retorno das aulas”, manifesta.
Ainda conforme Rafaela, as escolas Públicas do Estado em sua maioria não possuem estrutura adequada em tempos normais, “imagina neste período de Pandemia, em que é necessário cuidados de prevenção, como a higienização de ambientes, sendo que muitas escolas falta até mesmo o básico, como papel higiênico".
Para ela o Isolamento social ainda é a principal orientação adequada, “vivemos a realidade de salas superlotadas, com falta de professores, pois ainda em março, algumas escolas Estaduais aguardavam a chegada de mais professores”.
– Sabemos que não tem sido um período fácil, tanto para as famílias, quanto para os professores, que tiveram que se adaptar na nova maneira de ensino, onde que por muitas vezes não é igualitária. Pois além de alguns alunos não possuírem a mesmas tecnologias, temos também a situação de professores, que ainda estão em adaptação.
E diz mais: a experiência nesta Pandemia de "mãe e escola", tem sido tensa, pois não sabemos se desta forma atual de ensino seria o adequado para estar aprendendo, mas retornar para a sala de aula não será o mais saudável neste momento. Pois conhecemos a sala de aula, onde o abraço, aperto de mão, troca de objetos e etc... será inevitável.
“Penso que os governantes deveriam ter a sensibilidade de ver a realidade de nossas crianças, e saber que, o período é de cuidado”.
Salienta também: que mesmo com o resultado da pesquisa desenvolvida "educação e Pandemia no RS" - realizada pelo CPERS, onde mostra que 86% da comunidade escolar, diz que a vacina é pré requisito para retorno das aulas, o governo insiste em manter o debate de retorno.
“Hoje estou conselheira Tutelar, nosso trabalho é além de garantir Educação, também garantir o direito à vida! Desta forma penso que é importante manter um vínculo com a escola neste período, mas não necessariamente retornar para as salas de aulas, buscando o bem-estar de toda a comunidade escolar”, conclui.