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Conab prevê safra de grãos superior a 271 milhões de toneladas 

Por Gente Jornal

08/09/2022 às 12:23:31 - Atualizado há

Os agricultores brasileiros devem colher em torno de 271,2 milhões de toneladas de grãos na safra 2021/2022. A estimativa é dos técnicos daCompanhia Nacional de Abastecimento (Conab) e, se atingida, representaráumacréscimo dequase14,5 milhões de toneladasem comparação com o ciclo anterior.

Apesar da expectativa positiva, a produtividade do principal grão cultivado no país, a soja, foi prejudicada por condições climáticas desfavoráveis registradas em importantes regiões de plantio, como os estados doParaná, Santa Catarina e em parte do Mato Grosso do Sul.Além disso, no Rio Grande do Sul, a estiagem derrubou à metade a produção da leguminosa.

Diante dos prejuízos registrados nessas e em outras unidades, os técnicos da Conab calculam que os sojicultores colherão cerca de 125,6 milhões de toneladas do grão – uma redução de cerca de 10% em relação à safra 2020/2021.Com isso, oestoque de passagem da safra 2020/21 passou para 8,85 milhões de toneladase aprojeção de exportaçãopara77,19 milhões de toneladas, das quais66,6 milhões de toneladasjá foram exportadas entre janeiro e agosto deste ano.

As estimativas constam do12º Levantamento da Safra de Grãos,que aConabdivulgouhoje(8).Os responsáveis pelo estudo calculam que a produção total de milho cresça 30% em relação ao resultado anterior, atingindo cerca de113,2 milhões de toneladas.Graças, principalmente, à retomada da produtividade nasegundasafra, que deve responder poralgoem torno de 86,1 milhões de toneladas do total previsto.

Alta também para o estoque de passagem para o trigo em 2023, influenciado pela maior produção esperada para o cereal.Aprevisão é que o estoque finalize em 1,6 milhão de toneladas para a safra com ano comercialde agostode 2022 a julho de 2023. No caso do milho, a queda na produtividade de importantes regiões produtoras nasegundasafra, reduziu o volume esperado para o consumo e exportação do cereal, agora estimados em 76,5 milhões de toneladas e 37 milhões de toneladas respectivamente. Mesmo com essas quedas, a projeção para o estoque final também foi ligeiramente diminuída, saindo de 9,7 milhões de toneladas para 9,4 milhões de toneladas.

Se por um ladoa falta de chuva afetou parcialmente a eficiência das lavouras de algodão, agora favorece a colheita, prevista paraser encerradaem setembro, com a possível marca de 2,55 milhões de toneladas. Além disso, as condições climáticas também conferiram uma “muito boa” qualidade à plumado algodão colhido. Em função do resultado, a Conab ajustou o volume do produto a ser exportado, estimando que as vendas externas não devem ultrapassar 1,9 milhão de toneladas.

No levantamento, também são destacados, positivamente,oplantio desorgo,e, negativamente, o de feijão. O primeiro,impulsionado pelos preços do milho, registra uma produção recorde de 2,85 milhões de toneladas,umcrescimento de 36,9% em relação à safra passada.Já os produtores de feijãoenfrentaram problemas climáticos em todas astrêssafras da leguminosa,cuja produção só deve atingir 3 milhões de toneladas, o que é suficiente para suprir apenas a demanda interna nacional.

Já no caso do arroz, os técnicos da Conab estimam que serão colhidos cerca de 10,8 milhões de toneladas, o que representa uma diminuição em relação a 2020/21 e também suficiente para abastecer o mercado interno. Segundo o estudo, isso se deve à menor destinação de área para o plantio, bem como pela redução na produtividade média nacional.

Ao mesmo tempo, os técnicos preveem um consumo menor do arroz quando comparado com o levantamento divulgado em agosto. Com isso, estimam que os estoques de passagem estarão em níveis “mais confortáveis”, com previsão de que fechem o ano em 2,36 milhões de toneladas. Além disso, reviram as previsões quanto aos volumes do produto a ser exportado e importado.

A nova previsão é que o Brasil exporte 1,4 milhão de toneladas e importe 1 milhão de toneladas de arroz em 2022, sendo a motivação dos ajustes o acompanhamento da evolução das exportações até o momento.

*Com informações da Assessoria de Imprensa da Conab

Fonte: EBC
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