Economia

Alta de matérias-primas atinge indústrias em março de modo inesperado

Por Gente Jornal

01/06/2022 às 07:33:43 - Atualizado há

Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgadohoje(1º) mostraque aalta dos preços de insumos e de matérias-primas atingiu o setor industrial de modo inesperado em março.Segundo o levantamento,o aumento dos custos de insumos e matérias-primas nacionais superou as expectativas de 71% das empresas, na indústria extrativa e de transformação, e de 73% no caso específico da indústria da construção civil.

Segundo a CNI, 58% das empresas na indústria extrativa e de transformação e 68% na construção relataram aumento de preçosde insumos importadosacima do esperado.Para a confederação, o resultadocoincide como início da guerra entrea Rússiae a Ucrânia,queagravou a desestruturação das cadeias de suprimento.Como consequência, além dos atrasos e interrupções no fornecimento de insumos, também houve elevação de preços.

“Em cinco setores, o aumento generalizado dos preços nacionais surpreendeu mais de 80% das empresas. São eles: produtos de borracha, biocombustíveis, metalurgia e veículos automotores e produtos de limpeza. A alta de custos nos insumos importados superou as expectativas de 100% das empresas de biocombustíveis, de 94% das indústrias de produtos de borracha, de 75% do setor de impressão e 73% da indústria química”,informou a CNI.

De acordo com a pesquisa,o cenário de atrasos nas cadeias de suprimentos gerou uma reconfiguração na produção das indústrias brasileiras, especialmente nas que dependem de insumos importados, com reflexos em40% da indústria geral (extrativa e de transformação) e 54% da indústria da construção.

Essas indústrias tiveram quemudar a estratégia de aquisição de insumos e matérias-primas e buscar fornecedores no Brasil. Entre as empresas que já compram no Brasil, 43% da indústria geral (extrativa e de transformação) e 50% da indústria da construção afirmam que buscam outros fornecedores no país.

A parcela de empresas nacionais que busca fornecedores alternativos fora do país é de 18% na indústria extrativa e de transformação e de 3% na construção civil.

O levantamento mostra que aproporção de empresas na indústria extrativa e de transformação que preveem normalização da oferta de insumos e matérias-primas, ainda em 2022, éde 39%. O percentual de empresas da indústria geral e da construção que esperam normalização apenas em 2023 é de 25%, de 36% para produtos nacionais e 31% e 45% para importados.

Fonte: EBC
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