Atualmente, no Centro de Referência Materno Infantil Camillo Gomes, cinco adolescentes entre 12 e 15 anos estão realizando pré-natal
Em Bagé, a prevenção da gravidez não planejada faz parte das políticas públicas de saúde, com o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil neonatal, bem como a taxa de gravidez não planejada nas adolescentes. A prefeitura, através da Secretaria da Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência, está desenvolvendo nesta semana de conscientização da Prevenção da Gravidez na Adolescência, palestras em escolas e nas salas de espera das unidades de saúde, com o objetivo de alertar sobre a importância dos métodos contraceptivos em uma gravidez não planejada, além de evitar doenças sexualmente transmissíveis.
Atualmente, no Centro de Referência Materno Infantil Camillo Gomes, cinco adolescentes entre 12 e 15 anos estão realizando pré-natal. O local está prestes a receber a implantação do projeto “Bem-estar na gestação”, que será desenvolvido por estagiárias de Psicologia, Enfermagem e Nutrição da Universidade da Região da Campanha (Urcamp) com o acompanhamento das profissionais da unidade.
O programa consiste em promover encontros com adolescentes gestantes de todas as Estratégias Saúde da Família do município, com o objetivo de desenvolver nas participantes habilidades parentais, fornecer acompanhamento no pré-natal, diminuir a taxa de reincidência de outra gravidez precoce e promover desenvolvimento adequado da criança fruto de uma gravidez na adolescência.
Riscos à saúde
A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza como adolescentes pessoas de 10 a 19 anos. Além do impacto emocional provocado, a gravidez na adolescência representa riscos tanto à saúde da gestante quanto à do bebê. Quando a gravidez ocorre na adolescência, são maiores os riscos de nascimentos prematuros e de recém-nascidos com baixo peso. Se a gravidez não é planejada, pode desestruturar a vida da mulher em um período determinante para sua formação. Ao engravidar, voluntária ou involuntariamente, essas adolescentes têm seus projetos de vida alterados, o que pode contribuir para o abandono escolar e perpetuação do ciclo de pobreza, desigualdade e exclusão.