O embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja,destaca a localização privilegiada dopaísárabe.
“Os Emirados ocupamuma posição estratégica em termos geográficos, na entrada do Golfo. São o país, talvez, de maior estabilidade política e econômica em todo o Oriente Médio e Norte da África, características que justificam a presença brasileira”, completou.
No ano passado, por exemplo, Dubai importou 8 milhões de toneladas de alimentos e reexportou o equivalente a 6,277 milhões por meio de seus portos. Foram emitidos mais de 78 mil certificados sanitários de exportação.
Em 2021, este centro de comércioe redistribuiçãoalcançou o melhor resultado em atração de empresasinternacionais, com 2.485 novas companhias. No ano anterior, foram 2.025 novas adesões. No total, o país conta com mais de 20milempresas associadas, desde asuainauguraçãohá 20 anos.
A chefeoperacional doescritório da Apex-Brasil em Dubai, Karen Jones, explica queaparticipação de empresas brasileirasnesse contextoé difícil de mensurar.
“Até mesmo em parcerias com órgãos governamentais locais, a gente tem uma dificuldade em mapear números exatos. Os números que eles puxam, muitas vezes, contam com empresas que têm como representante um brasileiro”, disse.
Apesar disso, a estimativa que é que existam entre 40 e 50 empresas do Brasil.Alguns exemplos são JBS, BRF, Embraer, Vale, Tramontina e Boticário.
O setor aeroportuário de Abu Dhabi também apresentou bons resultados de tráfego de carga durante 2021. Houve aumento de 31,8% no volume transportado, passando de 540.144 toneladas em 2020 para 711.715 toneladas em 2021. O desempenho foi atribuído ao aumento nos embarques de carga geral e produtos especiais, comomercadoriasexpressas, com temperatura controlada e produtos farmacêuticos.
*A repórter Fernanda Cruz e o fotógrafo Tomaz Silva viajaram a convite da Apex-Brasil