Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso
No dia 08/01/22, se escreveu mais uma página do real e triste livro de registro de descasos e da crueldade em relação aos animais aqui na nossa cidade de Candiota. Me dirigia até a rua principal da Portelinha, em Dário Lassance, com ração para filhotes, para tratar a mãe e a ninhada de cãezinhos, que há dias tratava na rua, quando os avista desesperados tanto a mãezinha e alguns de seus filhotes, gritando e chorando, andando a esmo, na volta do abrigo de madeira que construí para eles se abrigarem (já que os tratava na rua), pois foram abandonados e seu antigo abrigo queimado.
Conforme o relato de algumas testemunhas, que logicamente, como é comum em Candiota, não quiserem se identificar, um incêndio havia sido iniciado por um "desconhecido" (lê-se criminoso, pois atear fogo em via pública, e em propriedade particular é crime, com punição prevista pela Lei), incêndio esse que quase queimou a casa situada na propriedade do Sr. Raupp e a casinha, o abrigo dos cães, de madeira, construído por mim, também tinha sido queimado? Estava nítido, atearam fogo propositalmente ,no abrigo, onde uma cachorrinha e seus sete filhotes dormiam e se protegiam do sol e chuva e esses indefesos foram atingidos pelo fogo que se espalhou rapidamente sobre eles (provavelmente pela utilização de algum combustível inflamável). A cachorrinha, a mãe conseguiu se safar com cinco filhotes. Dois morreram queimados.
A crueldade parece não ter fim
Ainda mais cruel e hediondo foi que enquanto os filhotes tentavam escapar do fogo, as pessoas que se encontravam no local, simplesmente assistiam sem esboçar qualquer reação à dor e pavor dos filhotes ao se debaterem nas chamas.