Geral Opinião

Manisfesto de um velho

Esta matéria saiu originalmente na edição digital

Por Cássio Gomes Lopes é Escritor e Historiador

28/12/2021 às 11:55:15 - Atualizado há

Filho, acho que posso te chamar assim, pois te peguei no colo e até te fiz dormir.

Sabe, filho, eu perdi as contas de quantas vezes deixei as minhas coisas e afazeres para te dar carinho e atenção.

Hoje tu és um adulto e eu apenas um velho, que anseia ao menos um minutinho da tua atenção.

Filho, baixa esse som e larga esse celular um instante, me escute, eu preciso falar contigo. Tenho tantas coisas para te contar.

Eu sei que muitas vezes repito as histórias, mas não é por querer, e sim porque tenho sede de compartilhar contigo as minhas memórias e experiências.

Filho, a maioria das vezes, me encontro quieto e parece que não quero conversa; pelo contrário, quero muito falar e interagir, mas ninguém quer me ouvir.

Eu sei que muitos até me acham caduco, mas isso não importa; o que importa é continuo o mesmo, apesar dos meus cabelos brancos e rosto enrugado. Minha fisionomia mudou, mas meu coração não. Ele continua batendo forte por ti, te querendo bem, te amando, independente das circunstâncias.

Filho, quem dera que tu parasses um pouco e deixasses de lado por um instante, essas parafernálias eletrônicas e digitais; e me desse um bocadinho da tua atenção. Ah, com certeza, meu coração muito se alegraria e transbordaria de imensa felicidade. Te amo!

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