Cidades Domésticas

Desespero Financeiro: Brasileiros Vulneráveis Recorrem a Apostas

Mercado de apostas online atrai famílias de baixa renda.

Por Gente Jornal

22/06/2025 às 11:34:01 - Atualizado há

Em um cenário econômico desafiador, muitos brasileiros em situação de vulnerabilidade têm recorrido às apostas online como uma tentativa de melhorar sua renda. O mercado de apostas movimenta cerca de R$ 25 bilhões por mês, com uma parcela significativa vinda de beneficiários de programas sociais como o Bolsa Família.

A situação é emblemática para trabalhadoras domésticas, categoria profissional majoritariamente feminina e negra, onde a informalidade e a falta de direitos são comuns. Muitas enfrentam longas jornadas de trabalho e dificuldades financeiras, buscando alternativas para complementar a renda.

Dijane, trabalhadora doméstica, compartilha sua rotina exaustiva, buscando trabalhos extras para complementar o salário e pagar o aluguel. A realidade de Dijane reflete a luta diária de muitos que enfrentam a precarização e a falta de reconhecimento no mercado de trabalho.

Gilmara Gomes, que trabalha como empregada doméstica desde os 16 anos, enfrenta jornadas duplas para sustentar sua filha. A falta de acesso a direitos básicos, como um plano de saúde, é uma preocupação constante.

A Lei das Domésticas, que completou dez anos, trouxe avanços, mas ainda há muito a ser feito para garantir os direitos e a valorização dessas trabalhadoras. Mario Avelino, presidente do Instituto Doméstica Legal, reconhece os avanços da lei, mas ressalta a necessidade de aprimoramento.

"A lei complementar é positiva, e isso é fácil de demonstrar pelo número de trabalhadoras com carteira assinada, que aumentou com a lei." avalia Mario Avelino, presidente do Instituto Doméstica Legal.

A secretária nacional de Cuidados e Família do Ministério do Desenvolvimento Social, Laís Wendel Abramo, destaca que a situação reflete uma realidade de precarização, informalidade e falta de reconhecimento, enraizada em um processo histórico.

"O cenário é fruto de um processo histórico que remonta à escravidão, no qual o trabalho de cuidado sempre foi imposto às mulheres." - Laís Wendel Abramo, secretária nacional de Cuidados e Família do Ministério do Desenvolvimento Social.

As principais demandas dessas mulheres incluem reconhecimento, valorização, garantia de direitos e melhores condições de trabalho, o que envolve combater a informalidade e assegurar o acesso à Previdência Social, qualificação profissional e saúde.

A busca por políticas públicas que atendam às necessidades das trabalhadoras domésticas é um desejo compartilhado, visando a uma vida com mais dignidade e reconhecimento. Dijane expressa o desejo de que as políticas públicas alcancem toda a população de domésticas, que muitas vezes cuidam dos outros, mas não têm quem cuide delas.

"O que eu queria é que essas políticas públicas atingissem toda a população de domésticas, porque, infelizmente, a gente cuida, mas não tem quem cuide da gente. A remuneração é muito pouca. A gente vive na precariedade sempre." finaliza Dijane.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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