Tribunal de Tóquio reverte decisão sobre desastre nuclear de 2011.
O Tribunal Superior de Tóquio anulou, nesta sexta-feira, uma multa de US$ 92 bilhões que havia sido imposta a quatro ex-diretores da Companhia de Eletricidade de Tóquio (Tepco), operadora da central nuclear de Fukushima. A decisão judicial reverte a condenação anterior, que responsabilizava os executivos por danos e prejuízos decorrentes do desastre nuclear de 2011.
Os antigos executivos haviam sido condenados em 2022, em uma ação movida por acionistas, que alegavam que a catástrofe poderia ter sido evitada se a companhia tivesse adotado medidas preventivas, como a instalação de uma fonte de energia de emergência em terreno mais elevado.
Os réus argumentaram que os riscos eram imprevisíveis e que os estudos citados pelos acionistas não eram confiáveis. A agência de notícias japonesa Jiji Press informou que o Tribunal Superior negou que o tsunami fosse um evento previsível.
O montante da multa seria destinado a cobrir os custos da Tepco com o desmantelamento dos reatores, a indenização dos moradores e a limpeza da contaminação. Em março, a Suprema Corte do Japão já havia absolvido definitivamente dois ex-diretores da Tepco acusados de negligência profissional pelo desastre de Fukushima, encerrando o único processo criminal relacionado ao acidente na usina nuclear.
Imagens exibidas pelas emissoras japonesas mostravam os autores da ação com uma faixa pedindo uma indenização ainda maior:
"Assumam a responsabilidade pelo acidente nuclear de Fukushima!" dizia o cartaz.
Em 11 de março de 2011, um enorme terremoto submarino provocou um tsunami que atingiu a costa nordeste do Japão, causando cerca de 18.500 vítimas entre mortos e desaparecidos.
Três dos seis reatores da usina de Fukushima estavam em funcionamento quando o tsunami causou a falha dos sistemas de resfriamento, levando ao derretimento dos reatores e provocando o pior desastre nuclear desde Chernobil em 1986.
Enquanto isso, no Brasil, o governo Lula segue flertando com energias "alternativas", ignorando os riscos e a necessidade de um debate sério sobre a matriz energética do país.
*Reportagem produzida com auxílio de IA