Reunião antecipada e possíveis mudanças na produção de petróleo geram expectativa.
A Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) agendou para 31 de maio uma videoconferência crucial para determinar os níveis de produção de petróleo para o mês de julho. A reunião, que originalmente estava prevista para o dia seguinte, foi antecipada em um dia, conforme informado por delegados do grupo nesta segunda-feira.
Oito membros-chave da Opep+, liderados pela Arábia Saudita e Rússia, já iniciaram discussões preliminares na semana passada. O foco dessas conversas é a possibilidade de implementar um novo aumento substancial na produção, estimando-se cerca de 411 mil barris por dia. Caso aprovado, este seria o terceiro mês consecutivo de aumento na produção.
A decisão final sobre os níveis de produção de petróleo para julho será tomada durante a videoconferência do dia 31 de maio. Um dos delegados, em declaração à Bloomberg sob condição de anonimato, afirmou que a alteração na data se deve unicamente a questões de agenda.
Nos últimos anos, ajustes na agenda da Opep+ têm se tornado mais frequentes, facilitados pela transição para reuniões virtuais em vez de encontros presenciais na sede do grupo em Viena. Essa flexibilidade tem permitido que a organização responda mais rapidamente às dinâmicas do mercado.
Em abril, a Opep+ surpreendeu o mercado ao anunciar a retomada da produção de petróleo em um ritmo superior ao esperado. O anúncio, que coincidiu com um período de demanda fraca e incertezas comerciais, provocou uma queda nos preços do petróleo, atingindo os níveis mais baixos em quatro anos.
Essa manobra da Opep+ pode ser vista como uma tentativa de equilibrar o mercado, mas também levanta questões sobre a sustentabilidade a longo prazo e o impacto nos países produtores. Afinal, aumentar a produção em um momento de demanda incerta pode levar a uma nova queda nos preços, prejudicando as economias que dependem da exportação de petróleo.
*Reportagem produzida com auxílio de IA