O Brasil ocupa quinto lugar em número de mulheres mortas por violência de gênero, o chamado feminicídio
O Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, celebrado 25 de novembro, foi designado oficialmente em 1999 pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data foi escolhida para homenagear as irmãs Pátria, Maria Teresa e Minerva Maribal que foram torturadas e assassinadas nesta mesma data, em 1960, a mando do ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo. As irmãs dominicanas eram conhecidas por "Las Mariposas" e lutavam por soluções para problemas sociais.
Os números são alarmantes da violência contra a mulher no Brasil, entre 1980 e 2013 mais de 106 mil mulheres foram assassinadas no país e a cada 90 minutos uma mulher é vítima de violência no território nacional. Entre as 84 nações pesquisadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) o Brasil ocupa quinto lugar em número de mulheres mortas por violência de gênero, o chamado feminicídio.
Para a secretária de Educação de Candiota Giselma Pereira se faz importante as campanhas no sentido de prevenção de cuidados na questão da violência contra a mulher “Em um Brasil que, infelizmente, é pioneiro de uma forma negativa e que apresenta números alarmantes”, apontou, fazendo referência em possuir uma posição terminantemente contrária ao que chamou de verdadeiro massacre realizado contra a mulher tanto moral quanto físico. “E a gente vê isso acontecer de todas as formas.”, afirmou.
São inúmeros casos na relação do trabalho e nos relacionamentos. Há um número significativo de casos de feminicídio, “Nada justifica a violência contra a mulher”, pontua.
Um fato também muito preocupante na avaliação de Giselma são os casos de mulheres que de certa forma sentem-se prisioneiras porque não encontram opção. “Ás vezes o medo e a própria condição de vida dela, por depender às vezes economicamente ou em função dos filhos num relacionamento malfadado. Realmente não conseguem galgar um caminho de saída. Porque ninguém se acostuma com a violência”, faz a reflexão e avalia “Eu costumo dizer que ninguém gosta de sofrer, ninguém ama e gosta de apanhar, de ser agredida”, diz.
O Brasil possui a Lei Maria da Penha e várias frentes para discutir projetos de combate à violência contra mulher, além da conclusão de que o feminícídio e o estupro estão no rol dos mais graves crimes reconhecidos pelo Estado brasileiro, tornando-o inafiançável e imprescritível. Mesmo assim o que fica como certeza é que muito ainda tem que se feito em defesa da mulher vítima da violência.