Após ser apresentado o que vem sendo trabalhado e o que é projetado para o setor, o próximo passo é buscar apoio governamental para as políticas públicas que venham favorecer a geração de energia térmica
A realização do debate sobre o carvão, seu uso na geração térmica e gaseificação de forma sustentável, na tarde de terça-feira (18) em Candiota, puxada pelo prefeito Adriano Castro dos Santos e apoiada pela Câmara de Vereadores e movimentos sociais, como o Sindicato dos Mineiros reforçou o DNA de luta da Capital Nacional do Carvão que começou em 2011, com o 1° movimento regional Pró-carvão com o objetivo mobilizar a população de toda a região Sul do RS do Brasil a favor da inclusão do carvão mineral nos leilões de energia A-5, para a comercialização de energia produzida no país.
Com a palavra o poder público
“O evento ocorre dentro do anúncio da realização do *leilão A-6 para outubro e da necessidade em demonstrar a eficiência e a capacidade dos nossos projetos energéticos a carvão. Isto ficou demonstrado na iniciativa de novos empreendimentos por parte das empresas já instaladas e na eficiência da planta da UTE Pampa Sul, que hoje emite 0% de cinza na atmosfera. E esse momento também serve de uma forma de aproximar todos investidores e empresários ligados ao setor e projetos, como foi o que ocorreu neste encontro onde todos tiveram a oportunidade de apresentar o seu trabalho e se conhecer, para nos ajudar a construir uma proposta concreta para nós levar a nível de estado e nacional para fortalecer essa política pública”, analisa o prefeito Adriano em conversa com a reportagem do GenteJornal, além de destacar que a ideia é criar uma política através de lei própria municipal de incentivo a projetos de energia de utilização do carvão de Candiota, e de qualificação e potencialização da mão de obra local.
Outra definição foi do próximo passo buscar apoio ao Governo do Estado e Governo Federal de políticas públicas que venham favorecer a geração de energia térmica. Outros dois fatos importantes ocorridos na atividade foi o anúncio do projeto pela Copelmi da usina Nova Seival e do presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM) Fernando Luis Zancan que avalia o momento com perspectiva positiva dado ao fato do carvão mineral estar contemplado até 2021 e do certame que ocorre em outubro ter três empreendimentos inscritos, além do da avaliação do setor que o Brasil cresceu nos últimos anos existindo demanda.
Com a palavra os mineiros
Para o diretor do Sindicato dos Mineiros de Candiota Hermelindo Ferreira é fundamental reafirmar o potencial energético gerado com perspectiva de Ambientalmente Sustentável, economicamente viável, socialmente Justa, “Queremos mostrar para o Brasil que o Carvão Mineral, não é mais o grande vilão ambiental e que existem técnicas que atendem a todos os padrões ambientais exigidos”, defende.
- Os empreendimentos térmicos a base de Carvão Mineral, atualmente mostram que o carvão não é mais o grande ‘vilão’ ambiental. As experiências vividas pela Região até o momento é do positivo impacto social que um empreendimento energético traz. A geração de empregos e renda desencadeiam o crescimento da indústria e do comércio e propiciam investimentos em saúde, Infraestrutura e segurança pública. Todos ganham, seja de forma direta ou indireta – explico para a reportagem do GenteJornal.
Economicamente Viável
Segundo estudos do Governo do Estado o Polo Carboquímico do RS deverá proporcionar uma expansão no PIB 23,4 bilhões, 3 bilhões de ICMS e gerar 7,5 mil empregos.
Cada emprego criado na mineração gera 8,32 empregos indiretos e cada R$1,00 aplicado retorna R$3,49 (Fonte:FGV).
Os estados do Rio Grande do Sul, dispõe de extensas jazidas de carvão representando 89,23% do carvão nacional, Candiota tem 38,04% sendo 12,278 bilhões de ton. sendo com custos competitivos a outros combustíveis o que os viabiliza financeiramente, propiciando assim o crescimento econômico regional.
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* A previsão dada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a realização do leilão A-6 é para o dia 18 de outubro e é destinado à contratação de energia por quantidade, para empreendimentos de fontes hídrica, eólica e solar fotovoltaica, e por disponibilidade para termelétricas a biomassa, a carvão mineral nacional e a gás natural. O início de suprimento é para janeiro de 2025.
Ainda conforme a Aneel os preços iniciais do leilão A-6 de 2019 serão de R$ 285,00/MWh para empreendimentos de hidrelétricos, de R$ 189,00/MWh para usinas eólicas, de R$ 209,00/MWh para projetos solar fotovoltaicos e de R$ 292,00/MWh para termelétricas. O Custo Marginal de Referência do certame será, também, de R$ 292,00/MWh.
As expectativas da região recaem sobre a Usina Termelétrica (UTE) Ouro Negro, projetada para o município de Pedras Altas, com 600 megawatts (MW) de potência, que integrará o Leilão de Energia Nova A-6. A planta destinada para Pedras Altas prevê duas etapas, de 300 megawatts (MW) cada.