A Usina Presidente Médici Candiota é subsidiária da Eletrobras
Vindo contra os interesses de Candiota e região, a votação favorável a MP que abre caminho para a privatização da Eletrobras, traz um alerta para a população. Isto porque nestes votos há um representante do município e arredores, o deputado federal Afonso Hamm, além de outros que também tem grande representatividade local.
O texto aprovado, entre outras medidas, prevê a emissão de novas ações da Eletrobrás, podendo ser vendida no mercado sem a participação da empresa. Desta forma a União deixa de ser a acionista majoritária, perdendo o controle acionário que possui atualmente.
Alguns questionamentos foram feitos pós esta votação, que ocorreu ontem (19), pelo voto favorável, principalmente de Hamm. “Triste demais votação de ontem, abaixo lista de como alguns deputados do RS se pronunciaram na MP 1031. Eu digo e repito, Marlon Santos, Alceu Moreira (ganha muitos votos em Candiota), Afonso Hamm, se tiver a cara de pau de ir na porta da usina entregar santinhos, vai encontrar uma capetinha, ao invés de tridente vou estar com uma dente de coelho!”, desabafou uma internauta.
Procurado por nossa reportagem, a assessoria do deputado respondeu:
O deputado federal Afonso Hamm é a favor da geração de energia através de termelétricas a carvão mineral, que proporciona segurança enérgica ao país e geram desenvolvimento econômico e milhares de empregos diretos e indiretos no Rio Grande do Sul, especialmente na região de Candiota. Ao longo da trajetória do parlamentar, o setor sempre teve total apoio e respaldo. Inclusive o deputado integra a diretoria da Frente Parlamentar em Apoio ao Carvão Mineral.
Em relação ao projeto de desestatização da Eletrobrás, aprovado pela Câmara dos Deputados na quarta-feira (19), o deputado informa que batalhou para garantir a contratação de energia de reserva de geradoras termelétricas a carvão, iniciativa que traria um impacto extremamente positivo para as usinas localizadas no Estado. Hamm também batalhou junto ao relator da matéria a necessidade de criação de um fundo de R$ 2 bilhões (em 10 anos) para o setor no Sul do país. Infelizmente, nenhuma das medidas foi incluída na MP aprovada.
O deputado afirma que vai seguir lutando no Senado pela inclusão dessas duas propostas, com o intuito de garantir a produção de energia e a manutenção dos empregos no futuro.
O deputado tem especial participação em defesa do carvão Mineral. E inclusive está na linha de frente na defesa da nova UTE NOva Seival, assim como foi com a UTE Pampa Sul
Entenda a votação
O plenário da Câmara aprovou ontem a noite o texto que abre caminho para privatização da Eletrobras. Foram 313 votos favoráveis e 166 contrários. Faltam votar os destaques. Depois, cabe ao Senado analisar a proposta.
O texto aprovado foi um projeto substitutivo à medida provisória do governo. O conteúdo analisado é praticamente o mesmo do projeto que o governo Bolsonaro enviou em 2019 para privatizar a estatal (PL 5.877/19) — e que não foi apreciado pelos deputados — e reciclou em forma de MP.
Por exemplo: pela proposta, a privatização será executada por meio do aumento do capital social. Novas ações serão vendidas no mercado sem a participação da empresa, até que a União deixe de ser acionista majoritária.
Mesmo assim, o governo ainda terá uma ‘ação preferencial’, também chamada de golden share, que lhe garante poder de veto em decisões consideradas estratégicas.
Eletronuclear e Itaipu permanecerão sob controle da União.
O BNDES será esponsável pela execução e acompanhamento do processo de desestatização, e poderá contratar serviços técnicos com esse objetivo.