A quase 100 dias do início do segundo mandato do prefeito Divaldo Lara (PTB), o visto é um governo muito mais preocupado no glamour e holofotes do que dar soluções aos reais problemas da cidade.
Até o momento, em volta de polêmicas, seja por fechamento de turmas escolares ou a forma que vem lidando com a segunda onda da pandemia, onde os números de contaminados, de internações e de óbitos batem realmente recordes e preocupam os cidadãos. Não bastasse tudo isso, as ruas ficam cada vez mais esburacadas e os alagamentos, a cada chuva, viraram rotinas em alguns pontos da Rainha da Fronteira.
A cidade
A pandemia trouxe dificuldades econômicas para todos, sem exceção. O transporte público do município sofreu também as consequências, mas lhe foi dadas vantagens, tanto em diminuir o número de linhas, como também o número de ônibus a circular. Foi dado mais um aumento de tarifa - Porém, a alteração se mantém com uma ressalva, não há reforço de veículos de ônibus em horários de pico, dando uma mostra clara que Divaldo e empresários esperam o início das aulas para voltar a normalidade.
As últimas chuvas mostram o problema rotineiro com alagamentos, que são cada vez mais duros para as comunidades atingidas. Pontos da cidade ficam em baixo d'água literalmente, famílias perdem tudo e medidas paliativas são feitas. Muito mais para dar satisfação do que para resolver de fato o problema, que em muitos casos são históricos e já deveriam ter encaminhamentos.
As ruas esburacadas, a população dá o seu 'jeitinho', as patrolas em alguns pontos parecem não mais acontecer e as soluções de asfaltamento ou mesmo de um revestimento revolucionário se foram com as enxurradas.
Pandemia
O ponto de partida do novo coronavírus aconteceu no dia 19 de março de 2020, numa quinta-feira à tarde. Quando Divaldo, o secretário de Saúde, na época, Mario Mena Kallil e o ex coordenador Regional de Saúde Ricardo Necci, concederam coletiva de imprensa, confirmando os primeiros casos de Bagé.
Naquela oportunidade, o prefeito determinou o fechamento dos estabelecimentos comerciais e deu início a uma série de medidas para barrar a contaminação da cidade. O colete laranja que usava foi o símbolo da autoridade que não media esforços na luta contra a pandemia.
Do colete só são feito referências por opositores e das ações da vacinação, que seguem um rito normal, sem sobressaltos. Ele (Divaldo) se mantém, no momento, absorvido em dar explicação e mostrar estar certo por ter decidido imunizar agentes da segurança pública, descumprindo determinação do Ministério da Saúde e do Governo de Eduardo Leite.
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