O fato é reflexo do país passar por um surto de desconfiança sobre a clareza e critérios adotados de preferência de grupos prioritários para receberem vacina contra o novo coronavírus.
Um dos grandes fiscalizadores da vacinação no Brasil tem sido a participação popular por parte dos internautas nas redes sociais. Na região, Bagé foi a primeira a ser apontada dúvida sobre critérios adotados em quem estava recebendo a vacina. Na semana que passou foi a vez de Candiota, mesmo não viralizando como na Rainha da Fronteira, nem por isso não pode ser deixado de lado a importância do questionamento - Em ambos os casos, nada foi oficialmente comprovado, tratando-se de perguntas.
O Gente Jornal conversou com o vereador Flavius Dajulia (PT), que apontou ocorridos através das redes sociais. Com postagens de pessoas, registrando o momento em que eram vacinadas. Fatos estes, que acabaram levando desconfiança aos critérios adotados sobre as prioridade dos vacinados. "A partir disso a gente tomou algumas iniciativas como, por exemplo, irmos ao Ministério Público (MP) e pedirmos investigação. Que abriu uma investigação sobre o ocorrido em Bagé", relata e lembra que o procedimentos por parte do MP aconteceu por todo o Estado.
"A Polícia Civil abriu investigação, se as pessoas realmente estavam furando a fila ou se realmente faziam parte dos critério do Plano de vacinação da cidade", diz e prossegue que foram feito também manifestações da bancada de oposição pedindo a investigação publicamente. "Na verdade torcendo que não fosse verdade. Não há uma certeza de que houve irregularidades, a gente tem uma desconfiança e passou para os órgãos competentes", declarou.
Candiota
Em Candiota as notícias divulgadas pelos canais oficiais da prefeitura de que já foi vacinado 100% das doses recebidas, 430 doses, 0,049% da população, acabou por gerar postagens de internautas no Facebook e no Whatsapp questionando se foi de forma clara a divulgação da fila para vacinar, como está sendo feito, se foi justo a forma de prioritários, se foi respeitado o fato que muitas pessoas residem no interior e tanto o acesso a internet, como dá telefonia é precário e muitas vezes sequer existem.
A nossa reportagem escutou também, que de fato a repercução não foi tal como ocorreu em Bagé. Mas consideraram que o poder público deve noticiar com maior clareza os métodos e não só a logística para que não venha a gerar desconfiança. "Isto porque, o número de vacinados é, ainda, muito pequeno e os casos de fura nas filas de prioritários das vacinas de Covid-19, tem sido recorrentes e amplamente divulgados por todo o país, deixando todos em alerta".